SP tem clínica pública para tratamento de jovens

Unidade, sediada em Cotia, atende jovens entre 14 e 18 anos

ter, 31/03/2009 - 12h10 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou, no dia 27/01, da inauguração da primeira clínica pública no Estado para o tratamento de jovens com dependência de álcool e drogas. Sediada em Cotia, na Grande São Paulo, a unidade é uma parceria entre a Secretaria da Saúde e o Hospital Samaritano.

“Hoje, a internação para estes jovens é feita em hospitais psiquiátricos que não são os lugares mais adequados para este tipo de tratamento. Os jovens permanecerão três meses vivendo aqui e depois serão acompanhados durante dois anos por equipes multidisciplinares e com forte participação da família. Aqui, a recuperação será feita sem uso de remédios muito fortes, só quando necessários, mas sem enfatizar este aspecto”, comentou José Serra.

O governador disse também que a iniciativa será espalhada por todo o Estado de São Paulo. “É um projeto econômico dentro das possibilidades porque envolve internação, mas que se dirige exatamente a um dos principais problemas sociais o Brasil, que é a penetração do consumo de drogas e de álcool na adolescência”, acrescentou Serra.

Batizada de Projeto Jovem Samaritano, a clínica oferece 30 leitos de internação e tem capacidade de atender anualmente cerca de 120 adolescentes entre 14 e 18 anos de idade. O investimento para a implantação da unidade foi de cerca de R$ 1 milhão. A manutenção do serviço foi orçada em cerca de R$ 1,7 milhão por ano.

Com uma área física de cerca de quatro mil metros quadrados, a unidade vai contar também com uma ampla sala de convivência para os adolescentes, sala de aula com computadores, quadra poliesportiva, horta para aulas de jardinagem, refeitório e ambulatório.
O tempo médio de permanência dos jovens é de um a três meses. Durante esse período, os pacientes contam com a participação da família em algumas atividades, um fator importante para o sucesso da recuperação. As atividades físicas, educacionais e orientação vocacional também fazem parte do processo de tratamento.

O modelo da nova unidade foi baseado na Clínica Chestnut, em Illinois, nos Estados Unidos. A técnica americana incorpora a participação da família no tratamento, além das demais atividades oferecidas. Nos EUA a recuperação supera os 70%.

O encaminhamento dos jovens é feito por meio das Secretarias de Saúde e Educação dos municípios, além dos conselhos tutelares. Não são admitidos na clínica adolescentes infratores.

“É um novo modelo de tratar esses pacientes, que antes tinham como opção apenas o atendimento ambulatorial nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) ou internações curtas em hospitais gerais, para desintoxicação. A participação dos familiares, aliada às demais técnicas ao longo do tratamento, é fundamental para a recuperação dos jovens”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Da Secretaria da Saude