SP sedia memorial sobre conquistas da pessoa com deficiência

Memorial da Inclusão será instalado na sede da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência no dia 3 de dezembro

sex, 27/11/2009 - 17h00 | Do Portal do Governo

Desde 1981, o dia 3 de dezembro foi instituído, pela ONU, como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Décadas depois, a data será motivo de comemorações com a inauguração do Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência. Em um só espaço serão reunidos fotografias, documentos, manuscritos, áudios, vídeos e referências aos principais personagens, às lutas e às várias iniciativas que viabilizaram conquistas e melhores oportunidades às pessoas com deficiências.

Ação inédita do governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Memorial da Inclusão é o maior e o mais completo da América Latina. O Memorial da Inclusão visa também registrar e resgatar um dos períodos mais importantes da história sócio-cultural e política do movimento de luta das pessoas com deficiência, que ocorreu no início dos anos 80 e que culminou, no ano de 1981, com a criação do Ano Internacional da Pessoa com Deficiência (AIPD), pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A transformação da sociedade retrata a conquista dos direitos da pessoa humana com foco na pessoa com deficiência e seus familiares e refletindo-se nos profissionais da saúde, educação e cultura, enfim, em toda a sociedade. Esta exposição permitirá reconhecer às histórias das lutas e conquistas das pessoas com deficiência”, afirma a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella.

Com curadoria de Elza Ambrósio e Projeto Cenográfico, de Expografia e Iluminação a cargo dos cenógrafos Yara Candotti e Jefferson Duarte, o Memorial da Inclusão reúne o que há de mais moderno em materiais expográficos e tecnologias de escuta e leitura, além de acessibilidade física. A exposição é composta de 12 ambientes que abordam cada uma das quatro deficiências – auditiva, visual, intelectual e física. Outros ambientes mostram a unificação das lutas, conquistas e direitos adquiridos da pessoa com deficiência em geral. 

“Os jovens com e sem deficiência acham que as rampas, as leis e a sinalização sempre existiram. Há 30 anos não se pensava em acessibilidade. E o que queremos mostrar é que, graças aos movimentos para a conquista dos direitos das pessoas com deficiência, assistimos a criação do Desenho Universal, implantado nesta exposição, para atender a todas as pessoas”, explica a curadora.

Um dos destaques, a Sala Preparatória dos Sentidos, será um local escuro, com painéis de texturas diversas, alteração de temperatura e sensores sonoros e de odor. A ideia é a de que o visitante reflita sobre a importância dos sentidos como tato, visão e audição.

Outra novidade viabilizada pelos cenógrafos foi a instalação de sound tubes, para pessoas com deficiência visual que não leem em braile. Ao se colocar sob estes equipamentos, que fazem a audiodescrição dos painéis, a pessoa poderá ouvir toda a história contada na obra. Ainda sob o sound tube, há uma bancada com o texto em braile.

Todas as informações da exposição são apresentadas em letras legíveis para baixa visão, em alturas acessíveis ao visitante em cadeira de rodas e textos em braile. Neste espaço inicia-se também o piso tátil, presente em toda a exposição.

A exposição conta ainda com ambientes compostos por paredes, cabine acrílica, isolamento acústico e aparelhagem de som; projetor para a transmissão de filmes e fotos de movimentos sociais ocorridos no passado, além de entrevistas biográficas de personalidades de destaque e de pessoas anônimas, homenageadas pela exposição.

Da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência