A Polícia Militar renovará, até a próxima semana, o Acordo de Cooperação Técnica do Projeto Brasil-Japão de Polícia Comunitária. Na sexta-feira, 25, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão; o comandante-geral da PM, coronel Roberto Antônio Diniz; e o coordenador do projeto, coronel Luiz de Castro Jr., se reuniram com a comitiva do Japão na sede da SSP, na região central da capital paulista, para discutir detalhes do acordo.
O Convênio de Cooperação Técnica existe desde 2005 e, a partir desta renovação, se expandirá a outros estados brasileiros. “Estamos iniciando uma nova fase. Como a parceria entre a PM do Estado de São Paulo e a Polícia do Japão já é conhecida em todo o Brasil – e verificou-se que os resultados foram bastante positivos –, dividiremos essas experiências com as demais unidades federativas, por intermédio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)”, explica o coronel Castro.
Além dos estados brasileiros, alguns países da América Latina participarão da expansão do projeto, como Honduras, Guatemala, El Salvador e Nicarágua. Os policiais farão todos os cursos em São Paulo, que, de acordo com o coronel Castro, já possui toda a estrutura necessária. “Já temos o laboratório, que são as bases comunitárias com o sistema japonês em funcionamento, às quais auxiliarão no conhecimento desses policiais”.
Também participaram do encontro o diretor da Divisão de Cooperação Internacional da Polícia do Japão, Akihiro Ogisawa; o inspetor da Divisão de Cooperação Internacional, Hiroyuki Akabane; o oficial do Programa Sênior – Divisão de Políticas Públicas, Sachiko Imoto; o representante da Agência de Cooperação Internacional do Japão – Brasil, Masahiro Kobayashi; a diretora administrativa e programas sociais Naho Goto; e o intérprete Jorge Ninomia.
Projeto Brasil – Japão de Polícia Comunitária
Desde 1997 a PM de São Paulo mantém contato com a Polícia Nacional do Japão. Contudo, foi em 2005 que o Acordo de Ccooperação Técnica com a Polícia do Japão foi firmado – intermediado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).
Esta parceria visa trocar conhecimentos técnico-profissionais na área de Segurança Pública, baseando-se no sistema de vigilância por trocas de turnos (Cobam), que se constituem em bases comunitárias de segurança do país oriental. O projeto vigorou no Brasil de 2005 a 2008, passou por algumas adaptações devido às diferenças culturais e tecnológicas, e já atua com 20 bases comunitárias em todo o Estado – 16 na cidade de São Paulo, duas na Grande São Paulo, uma em Campos de Jordão e uma em Santos.
Idéias japonesas implantadas no Brasil
Durante os três anos de parceria com a Polícia Nacional do Japão foi inserido nas bases comunitárias um sistema de visitas comunitárias. Nele, os policias visitam os comércios e as residências, e fazem cadastramento de pessoas, visando conhecer melhor a comunidade. Também elaboram um informativo sobre os acontecimentos da região, desde projetos, dicas de segurança e ocorrências importantes.
Nas bases também existem: um cadastro de achados e perdidos; um quadro de avisos no qual ficam informações à comunidade e notícias de interesse público. Em cada região são realizados projetos específicos, como o “Cinema na Praça”, que ocorre na Vila Guilherme, zona norte da Capital; e o “Vizinho Solidário”, implantado na base do Belém, zona leste da Capital.
Maísa Tomaz
Da Secretaria de Segurança Pública
(I.P.)
