Em julho, foram criadas novas vagas de trabalho em todas as regiões administrativas do Estado. A constatação é do último boletim do Observatório do Emprego. O saldo dos novos postos formais de trabalho (+ 62.497) no Estado nesse mês é superior na comparação com julho do ano passado, quando o Estado gerou 52.811 novas vagas, mas inferior ao registrado em junho deste ano (+ 70.265).
O secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Pedro Rubens Jehá, afirma que não há diminuição nas vagas. “O emprego continua crescendo, mas com menos intensidade. É como um caminhão embalado subindo o morro: no início, vai rápido, aos poucos perde velocidade, mas continua subindo. É o que acontece neste momento”.
A Região Metropolitana de São Paulo apresentou o maior número de vagas criadas (+ 31.727), seguida pelas Regiões Administrativas de Campinas (+ 13.241), Sorocaba (+ 3.178), Central (+ 2.997) e Bauru (+ 1.630).
Em praticamente todos os ramos houve aumento no número de vagas. Os maiores crescimentos ocorreram nas áreas da indústria de transformação (+ 13.327); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+1 1.162); atividades administrativas e serviços complementares (+ 6.379); e construção (+ 6.138). Estas quatro atividades criaram mais de 37 mil novas vagas, correspondendo a aproximadamente 60% dos novos postos de trabalho.
Pressão salarial
Em julho de 2010, a pressão salarial média no Estado foi de 0,94 – valor maior que do ano passado, quando atingiu 0,86. “Em média, quem foi contratado recebeu 94% do salário de quem foi demitido. É um número muito alto, porque quem sai geralmente recebe muito mais do quem entra. Isso indica que os trabalhadores estão aproveitando o momento favorável do mercado de trabalho e trocando de emprego com a pretensão de ganhar mais”, ressalta o pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), Hélio Zylberstajn.
Os maiores níveis de pressão foram observados nas regiões administrativas de Registro (1,04), Araçatuba (1,0), Franca (0,99), Presidente Prudente (0,96) e Marília (0,96). As menores pressões salariais ocorreram nas Regiões Administrativas de São José do Rio Preto (0,87), Central (0,89) e Barretos (0,90).
Salários
O salário médio dos admitidos no Estado registrado em julho deste ano foi de R$ 976. O maior valor foi observado na Região Metropolitana de São Paulo (R$ 1.094) e o menor na Região de Barretos (R$ 698).
Doze regiões do Estado apresentaram aumento real no salário médio dos admitidos. Os destaques são Barretos (+9,5%), Registro (+8,6%), Araçatuba (+5,6%) e Central (+3,8%).
A média salarial dos trabalhadores admitidos cresceu 2,5% em comparação com o mês anterior e 6,9% se comparada a julho de 2009.
Perfil da variação do emprego
O boletim do Observatório de julho mostra que continua a predominância de jovens e de pessoas com ensino médio completo nas novas contratações. Trabalhadores com até 29 anos de idade ocuparam 84,5% das novas vagas.
Essa proporção é superior a observada no mês anterior (78,4%). Destaca-se também que em julho de 2009, das mais de 52 mil vagas geradas no Estado, 84,8% foram ocupadas por trabalhadores também com idade até 29 anos.
As mulheres ocuparam 43,5% das novas vagas criadas em julho, percentual inferior ao observado no mês anterior (48,9%), porém superior ao observado no mesmo mês em 2009 (41,7%).
No mês de julho, 64,2% das novas vagas foram preenchidas por trabalhadores com ensino médio completo, proporção superior a observada no mês anterior (55,6%). Destacou-se também o aumento da participação dos trabalhadores com ensino superior completo na geração de emprego. Em junho de 2010 os universitários participaram com 3,2%, enquanto em julho foi 9,7%.
O Observatório
O Observatório do Emprego e do Trabalho analisa mensalmente o desempenho do mercado de trabalho no Estado e em cada um dos 645 municípios paulistas. Os dados podem ser acessados pela internet, no site www.observatorio.sp.gov.br.
As análises são apresentadas em boletins mensais e abordam os seguintes temas: variação no emprego por região e setor; salário médio dos admitidos; pressão salarial; rotatividade da mão de obra; análise ocupacional do emprego; perfil da variação do emprego; e municípios em destaque.
Clique aqui e confira a íntegra do Boletim de junho do Observatório do Emprego.
Da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho
