SP promove, até a próxima sexta-feira (30), campanha de combate ao Aedes

Em todo o Estado, cerca de 25 mil agentes públicos de saúde participam de ações contra o mosquito transmissor de doenças

qua, 28/11/2018 - 11h34 | Do Portal do Governo

Nesta semana, os 645 municípios paulistas estão mobilizados para ações da campanha Todos juntos contra o Aedes aegypti”. Vale destacar que, até 30 de novembro, aproximadamente 25 mil agentes públicos, em todo o Estado, participam do combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, por meio de mutirões, limpezas e eliminação de criadouros.

Na edição de 2018, a campanha estadual enfatiza o trabalho de campo para lutar contra a proliferação do inseto em áreas públicas, com apoio de órgãos públicos em geral, além das iniciativas concebidas pelas administrações municipais. Em relação aos imóveis públicos, são promovidas ações educativas e varreduras para prevenção das doenças e do controle do vetor.

“Temos o dever de eliminar todos os potenciais focos de proliferação do mosquito, de modo a proteger a população, sobretudo com a proximidade do período chuvoso e do verão”, ressalta o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Marco Antonio Zago. “O território paulista tem o engajamento de todos para a grande ação preventiva”, acrescenta.

Dia D

É importante frisar que o ‘Dia D’ de combate ao mosquito ocorrerá na próxima sexta-feira (30), com a intensificação do trabalho de campo, com atuação de agentes públicos e sociedade civil, principalmente em municípios e áreas com maiores índices de infestação. A ação busca estimular e conscientizar a população quanto à importância da retirada e eliminação dos criadouros nas residências.

Os municípios adotam a programação de acordo com a necessidade de cada localidade. As administrações podem incluir medidas como distribuição de materiais informativos e educativos, rodas de conversas e oficinas. As atividades foram coordenadas intersecretarialmente pela Sala de Comando e Controle Estadual das Arboviroses, com trabalho de campo e orientação da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).

Os agentes da superintendência ajudam as cidades nas ações de nebulização para matar o mosquito em fase adulta e de eliminação dos criadouros. “O uso de produtos químicos não é suficiente para controlar o inseto, o que exige a eliminação dos focos e criadouros”, ressalta o superintendente da Sucen, Dalton Pereira da Fonseca Jr.

Controle

Os cuidados para que o Aedes aegypti não se prolifere também são tomados pelo criador de orquídeas Domingos Astrini. “Busco manter as plantas em um espaço médio de umidade e hidratação. As orquídeas permanecem em cima de telas, sem pratinhos para acumular água”, salienta.

“O patrimônio genético do mosquito é bem rico e dinâmico. A espécie tem grande potencial para sofrer alterações, o que sugere que os insetos são muito versáteis em explorar novos ambientes”, afirma Lincoln Suesdek, pesquisador do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e coordenador da pesquisa.

De acordo com um levantamento promovido pela Secretaria da Saúde, por meio de dados informados pelos municípios no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o número de casos de dengue no Estado teve redução 99% em dois anos: de 678.031 (em 2015) para 6.269 (em 2017). Em 2018, até o dia 6 deste mês, foram confirmados 9.181 casos autóctones da doença.

Em São Paulo, 209 casos autóctones de Chikungunya foram notificados. No ano passado inteiro, foram confirmados 354 registros. Em relação ao zika vírus, foram confirmados 123 casos autóctones em 2018, contra 121 notificações em 2017.