A Secretaria da Saúde está trabalhando num projeto que utiliza microchips em cães para identificar animais infectados com a leishmaniose visceral americana. Batizado de “Legal pra Cachorrro”, a proposta inicial é monitorar pelos próximos dois anos a população canina em dez municípios localizados na região de Marília, onde foram registrados 96 casos e oito mortes de humanos pela doença em 2008 e 2009.
Aproximadamente 20 mil cães passarão por inquérito censitário. Os animais receberão um microchip, onde ficarão armazenadas as informações sobre sua saúde e endereço. No chip também terá os resultados dos exames laboratoriais de sangue que forem realizados no período da pesquisa.
Em Adamantina, os cães receberão também uma coleira, que, além do efeito repelente, é também inseticida, matando o flebotomínio (inseto transmissor da leishmaniose visceral americana) ao picar o cão. Os quatro mil cães de Adamantina servirão de controle para comprovar a eficácia da coleira.
A posse responsável também será estimulada durante as atividades. Para os proprietários que quiserem, o projeto prevê também a castração de animais para controle da densidade populacional canina.
A secretaria investigará também os hábitos alimentares dos insetos. Através dos exames do conteúdo estomacal será possível identificar o sangue de quais animais os insetos mais se alimentam. Já é sabido que o cão é um dos animais preferidos para flebotomínios se alimentarem e hospedeiro do parasito Leishmania chagasi, que causa a LVA.
Os municípios participantes são Adamantina, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Lucélia, Mariápolis, Osvaldo Cruz, Pacaembu, Pracinha, Sagres e Salmorão. A idéia é expandir o projeto para outras regiões do Estado.
Da Secretaria da Saúde