A Secretaria do Meio Ambiente – SMA, por intermédio do Projeto Ambiental Estratégico Mananciais, realizou em fevereiro, uma pesquisa de percepção ambiental, que objetiva identificar o entendimento da população, residente na região da represa do Guarapiranga, no tocante às questões de meio ambiente.
Foram entrevistadas aproximadamente 900 pessoas, que residem no entorno da bacia do Guarapiranga. Entre os consultados, dez foram escolhidos, representantes das diversas classes sociais, para as entrevistas de fundo, que são as com questões mais subjetivas, como um debate, onde os entrevistados declararam suas opiniões.
A pesquisa foi divida de acordo com a proporção do número de pessoas residentes ao redor da represa com a abrangência de cada município que compõe a bacia. Após o resultado, a equipe do Projeto Mananciais, irá avaliar se os programas desenvolvidos pela SMA, na região, estão alcançando os índices esperados.
Os resultados serão absorvidos nas ações em desenvolvimento na bacia. A idéia é que a pesquisa faça um recorte socioeconômico tornando possível traçar uma estratégia de monitoramento das ações ambientais feitas junto à população.
A represa, onde atualmente residem cerca de 1 milhão de pessoas em seu entorno, foi construída em 1906, e abrange os municípios de Itapecerica da Serra, de Cotia, de São Lourenço da Serra, de Embu, de Embu-Guaçu, de Juquitiba e de São Paulo. Abastece, aproximadamente, 4 milhões de habitantes, o que corresponde a cerca de 20% da população da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP.
Com 22 anos de existência, em 1928, o reservatório já fornecia 86,4 milhões de litros de água por dia para o abastecimento público, o que correspondia à captação de 1 metro cúbico de água por segundo. Essa capacidade saltou para 9 metros cúbicos de água por segundo após a construção da Estação de Tratamento de Água Alto da Boa Vista, em 1958.
As primeiras ocupações foram registradas na década de 20 quando foram construídos os primeiros clubes de lazer, ação contínua nas décadas de 50 e 60. Já, nos anos 70, as edificações ganharam proporções alarmantes com o aumento de pequenos lotes, sendo a ocupação desordenada o maior desafio para a recuperação ambiental da região.
Contudo, a partir de 1990, o Governo do Estado por intermédio do Programa Guarapiranga e outros projetos socioambientais, desenvolveu uma série de ações na bacia do Guarapiranga com a finalidade de recuperar as condições ambientais da região, procurando assim a melhoria da qualidade de vida da população. Uma das ações foi à elaboração da Lei Específica da Guarapiranga, de 16 de janeiro de 2006, de nº 12.233, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 51.686, de 22 de março de 2007, data em que se comemora o dia mundial da água.
Da Secretaria do Meio Ambiente
