SP incentivará municípios a produzir remédios a custo reduzido

A idéia é expandir para outras regiões do Estado o projeto desenvolvido no Oeste paulista

sex, 13/07/2007 - 11h08 | Do Portal do Governo

O governo de São Paulo pretende incentivar a produção de medicamentos distribuídos pelos consórcios intermunicipais e, com isso, aumentar a distribuição gratuita à população. O primeiro passo para implantação desta política foi dado na terça-feira, 10, após reunião entre representantes do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (CIVAP) e o sub-secretário da Casa Civil, Rubens Emil Cury, no Palácio dos Bandeirantes.

A idéia é expandir para outras regiões do Estado o projeto desenvolvido há seis anos no Oeste paulista pelo CIVAP. Naquela região, mais de 187 tipos de medicamentos são entregues gratuitamente aos moradores.

Da lista fazem parte analgésicos, medicamentos para controle da pressão arterial, remédios dirigidos ao tratamento da diabetes, pomadas, antibióticos e até mesmo protetor solar. Os produtos são produzidos em uma farmácia construída com recursos dos municípios participantes do projeto na cidade de Tarumã. A unidade entregou somente em 2006, cerca de cinco milhões de cápsulas para a população de 11 cidades.

“O governo quer estimular outros consórcios a produzirem esses medicamentos que custam, em média, até 60% menos se comparado aos vendidos em farmácias”, adiantou Rubens Cury. Segundo ele, a experiência desenvolvida com sucesso pelo CIVAP será apresentada a outros consórcios ainda neste ano.

O presidente do CIVAP e prefeito de Ibirarema, Waldimir Coronado Antunes, afirmou que a população tem aprovado a experiência. Coronado explicou que os moradores, depois de passarem pela consulta médica, encaminham um fax para a farmácia. “Em 24 horas eles já podem retirar o medicamento na farmácia que é manipulado”, frisou.

A diretora executiva do CIVAP, Ida de Souza, disse que a farmácia tem se mantido com o repasse dos municípios. Os valores são definidos conforme o consumo. Cidades como Assis e Candido Mota e Platina destinaram para a farmácia nos primeiros seis meses do ano R$ 127 mil e R$ 55 mil, respectivamente. “Com os valores conseguimos cobrir os custos de manutenção e pagamento dos 13 funcionários”, comentou Ida. Ela acrescentou que as cidades conveniadas investiram R$ 167 mil na construção da farmácia de Tarumã.

Cleber Mata