
Engenheiros agrônomos de todo o País se habilitam para emitir a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e o Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) durante a 53ª edição do Curso de Habilitação de Responsáveis Técnicos para Emissão de CFO/CFOC, que ocorre entre 3 e 7 de fevereiro no Instituto Biológico (IB), em Campinas.
Os documentos são indispensáveis para o trânsito de produtos agrícolas entre os estados e também para exportação. O evento é organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio do IB e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Nas últimas cinco edições, o curso habilitou 305 profissionais de sete estados brasileiros.
De acordo com Harumi Hojo, assessora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e coordenadora do curso, o CFO e o CFOC são documentos utilizados para evitar a disseminação de pragas quarentenárias, ou seja, aquelas que possuem relevância econômica, em locais que não registraram sua ocorrência ou que já comprovaram estar livres e com suas disseminações controladas. “Esses são os métodos mais importantes para a preservação do patrimônio financeiro e alimentar do agronegócio”, salienta.
Comércio interestadual
O evento é focado em profissionais que acompanham o desenvolvimento da cultura no campo de produção e tem a finalidade de ampliar o mercado exportador e viabilizar o comércio interestadual de espécies hospedeiras de pragas restritivas. Ministrado de acordo com a legislação federal, o curso habilita apenas os profissionais com 100% de presença e 75% de aproveitamento em provas.
Após aprovação, os engenheiros agrônomos serão cadastrados no Gestão de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Gedave), um sistema informatizado da Secretaria de Agricultura e Abastecimento que permite a emissão dos certificados para as pragas estudadas durante o treinamento, que nesta edição aborda mosca-branca, mosca-das-frutas, tripes e nematoides de café, citros e seringueira. Apenas os engenheiros cadastrados e habilitados podem exercer essa atividade.
O assistente agropecuário e engenheiro agrônomo da Defesa Agropecuária Marlon Peres explica que os profissionais acabam sendo um braço da fiscalização fitossanitária estadual e federal. “Essa formação não é importante apenas para os órgãos do Governo, mas também para a iniciativa privada, permitindo que um profissional credenciado faça a inspeção dentro da sua propriedade e certifique produtos do agronegócio, dando maior credibilidade à cadeia produtiva paulista”, pontua.
Esse é o caso de Luís Fernando Trevizam Buso, um dos participantes de edições passadas do curso. A partir do treinamento e da certificação que recebeu, ele começou a fazer a inspeção e certificação de frutas produzidas em uma packing house, que exporta frutas para a Holanda e os Emirados Árabes.