SP conta com prática inédita para tratamento bucal de deficientes

Cães labradores interagem com o paciente que falta menos às consultas e encara melhor o tratamento bucal

sáb, 16/05/2009 - 17h00 | Do Portal do Governo

A terapia com cães já é difundida com sucesso nos Estados Unidos e na Europa. Ainda inédita no Brasil, a prática conhecida como Terapia Assistida por Animais (TAA), foi adotada por um grupo de profissionais de medicina veterinária e odontologia da UNESP “Júlio de Mesquita Filho”, de Araçatuba.

Desde 2003, o grupo treina cães – a maioria da raça Retriever Labrador – para acalmar e entreter as pessoas e, com isso, acalmar os pacientes, o mostrou que o cão labrador pode ajudar no tratamento bucal de portadores da síndrome de Down, paralisia cerebral e outras deficiências físicas e mentais.

Essa interação faz com que o paciente passe a encarar melhor o tratamento e torne-se mais assíduo às consultas. Além do consultório odontológico, os cães visitam outras três instituições da cidade: o Hospital Neurológico Ritinha Prattes (que atende cerca de 60 pessoas com distúrbios neurológicos graves), a Associação de Amigos do Autista (que recebe, em média, 25 pacientes de diversas faixas etárias) e o Lar da Velhice e Assistência Social (que cuida de dezenas de idosos).

Denominado de “Cão Cidadão”, o projeto recebeu menção honrosa, na categoria Inovação em Gestão Pública, na quinta edição do Prêmio Mário Covas.

Com 18 participantes, a equipe é formada por professores e alunos de Odontologia e Veterinária da universidade, além de psicólogo, geriatra e adestradores profissionais de cães.