SP começa a produzir vacina contra gripe A em 2010

Vacina será produzida pelo Instituto Butantan

sáb, 12/09/2009 - 17h38 | Do Portal do Governo

São Paulo começa em 2010 a produzir a vacina contra o vírus H1N1. A previsão é do governador José Serra, que confirmou a informação durante palestra a um público de especialistas no assunto reunidos para avaliar o estágio da epidemia da gripe no Ibirapuera, Zona Sul da Capital. A vacina será produzida pelo Instituto Butantan, centro de pesquisa biomédica vinculado à Secretaria da Saúde e hoje o maior produtor nacional de soros e vacinas.

“O Brasil poderá vacinar parte de sua população graças ao Instituto Butantan, que já recebeu as cepas e começa a produzir a vacina no início de 2010. Hoje, estão sendo feitas pesquisas que permitem aumentar a produção de vacinas de modo que possamos dar conta de toda necessidade nacional”, afirmou o governador.

Serra fez um balanço das ações do governo estadual para enfrentar a doença. Lembrou, para isso, do nível de qualificação dos profissionais que atuam em São Paulo, da infra-estrutura dos hospitais e de medidas tomadas pelo Governo do Estado na área da educação, como a suspensão das aulas, após recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Somente a Secretaria da Educação distribuiu material pedagógico para 165 mil professores trabalhar em classe medidas de prevenção à Gripe A. Além disso, os alunos receberam no primeiro dia de aula cerca de 900 mil cartilhas e 5 milhões de folders com orientações sobre as formas de contágio da doença, sintomas e medidas de prevenção que podem ser adotadas. O Governo do Estado também liberou R$ 7 milhões para compra de materiais de limpeza e produtos de higiene nas escolas.

“Cabe ao Poder Público coordenar os recursos disponíveis, difundir medidas preventivas, mobilizar a rede instalada, capacitar profissionais e adquirir insumos para evitar-se a evolução do vírus”, observou o governador.

Outra medida adotada em São Paulo é a parceria entre o Hospital das Clínicas da FMUSP e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que desde os primeiros registros em São Paulo trabalham de forma integrada para atender casos suspeitos da gripe A. O HC dá prioridade para o atendimento de pacientes que precisam de cuidados especiais, como gestantes, crianças com menos de um ano de idade e também casos que envolvam doenças graves associadas à nova gripe. No Instituto Emílio Ribas os esforços são direcionados à triagem de casos suspeitos e à entrega de medicamentos de urgência.

Serra lembrou, ainda, que o número de casos da gripe comum apresentou queda em 1999 graças a um acordo selado pelo Ministério da Saúde com um laboratório de bandeira francesa, que permitiu que os idosos começassem a ser vacinados no Brasil . “No começo, introduzimos vacinas para as pessoas com mais de 65 anos e, posteriormente, para àquelas pessoas com mais de 60 anos”, frisou Serra, ex-ministro da Saúde à época. “Hoje, em São Paulo, já estamos testando a vacina em crianças “, reforçou.

A palestra reuniu além do governador José Serra, o prefeito Gilberto Kassab, o secretário Estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, e o diretor do Hospital Emílio Ribas David Uip. O evento, que acontece neste sábado e domingo, é resultado de uma ação da FMU em parceria com o Instituto Emílio Ribas.

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo