Uma pessoa morre a cada três dias no Estado em decorrência de queimaduras. A informação é da Secretaria de Saúde. O maior risco está em casa, no manuseio de churrasqueiras, fogão, velas, fogueiras, fogos de artifício e até cigarros.
Segundo o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, as queimaduras das vias respiratórias são as mais graves, com taxa de mortalidade 20% maior em comparação com os acidentes de pele. “A pessoa junta folha seca ou lixo no terreno de casa e ateia fogo com álcool. Isso gera uma chama descontrolada, que acaba em queimadura”, alertou Feriani. A fumaça quente provocada pela queima do carvão ou de materiais como o plástico pode queimar as vias respiratórias.
Em 2011 foram registradas 2,2 mil internações por queimadura. Desse total, 120 pessoas morreram. As internações custaram R$ 6 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) paulista, e os homens estão entre as maiores vítimas.
O que fazer
A primeira orientação é não passar nada sobre a pele ou recorrer a soluções caseiras, como aplicar pasta de dente ou pó de café. Também não se recomenda estourar as bolhas. “Lave o local com água corrente limpa e fria. Isso diminui a dor e impede que a queimadura se estenda”, recomendou Feriani. Depois, use um pano limpo para aquecer a região e procure um serviço médico imediatamente.
Feriani ensina a identificar os níveis de queimaduras. A de primeiro grau é a solar, quando a pele fica vermelha, inchada e dolorida. Na de segundo grau, há formação de bolhas, que depois deixam a pele com aspecto descascado, e a vítima sente muita dor. Mais profundas, as queimaduras de terceiro grau danificam toda a camada da pele. Como atingem as terminações nervosas, são menos doloridas.
Do Portal do Governo do Estado
