Simpósio de Força Tática é realizado pelo 30º BPM/M

Dois policiais entraram em uma residência onde uma ‘família era refém de assaltantes’

dom, 16/09/2007 - 15h02 | Do Portal do Governo

O 30º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana realizou, na última quarta-feira (12), em Mauá, o 1º Simpósio de Força Tática. Durante o evento, que contou com a participação de policiais de todo o Estado, foi realizada uma simulação do Método Giraldi, que é um sistema de Ensino de Tiro Defensivo na Preservação da Vida. Dois policiais entraram em uma residência onde uma ‘família era refém de assaltantes’.

“Em quase todos os casos que a polícia usou o método, a vítima sai ilesa, o agressor é preso e o policial volta para sua família”, diz o coronel da Reserva Nilson Giraldi, que criou o método há dez anos. Para chegar a esse nível, o curso faz treinamentos repetitivos de situações reais, antes do policial se defrontar com o fato.

Os 558 policiais de todo o Estado que participaram do encontro assistiram à palestra de Giraldi, que assegurou para todos que “os procedimentos com a arma de fogo preservam vidas e solucionam problemas”. Com esse aprendizado, o policial aprende que o mais importante é não disparar a arma, e que o tiro só é usado em último recurso, quando a sua vida ou de alguém está em perigo.

Segundo Giraldi, em 1999, foram assassinados em serviço 318 policiais militares no Estado. “Graças ao método, no ano de 2005, tivemos 16 policiais assassinados”. Ele diz que a técnica é “barata, objetiva e de fácil aprendizado”.

Além de ter a aprovação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, dos Direitos Humanos e da Secretaria Nacional de Segurança, o método tem o apoio dos policiais. O soldado PM De Lima, que fez o curso no Centro de Formação de Soldados, reafirma a qualidade do procedimento. “O risco do policial morrer é muito pequeno, porque tem procedimentos para usar o armamento”, disse.

O evento, que ocorreu no Teatro Municipal de Mauá, na rua Gabriel Marques, ainda teve palestras sobre Gerenciamento de Crise, Intervenção em Estabelecimento Prisional e Balística.

Curso

Durante o primeiro ano do curso, os alunos passam por lições básicas, como reconhecimento e manuseamento da arma. Os tiros são testados em alvos padronizados e os alunos não passam por circunstâncias de alto estresse.

No módulo especializado, que é passado no segundo ano de curso, são montadas pistas policiais diferenciadas no centro de formação. Nessas aulas, alvos de papel, com desenhos diferentes, aparecem de surpresa na frente dos alunos para testarem a sua reação. Alguns desenhos representam uma pessoa com uma faca na mão, outros aparecem armados e com um refém; existem aqueles que são considerados alvos amigos, ou seja, pessoas inocentes que estão no meio da ocorrência e precisam ser afastadas para não se tornarem vítimas, e existem os alvos apontando a arma para o policial, representando um risco para a vida.

Lessandro Vendrame

Da Secretaria da Segurança Pública

C.M.