Sexo, um meio de suprir frustrações emocionais

A psiquiatra Carmita Abdo acredita que o ato torna-se um meio para suprir frustrações emocionais

qui, 12/07/2007 - 12h36 | Do Portal do Governo

“O sexo é praticado como forma de satisfazer prazer imediato. Seria interessante que os profissionais de saúde discutissem como poderia substituí-lo, retardá-lo ou solucionar o comportamento”, opina a psiquiatra Carmita Abdo. Ela acredita que o ato torna-se um meio para suprir frustrações emocionais.

Segundo a pesquisadora, a pouca experiência e o receio de comprometer o desempenho, leva muitos parceiros a não usarem preservativo nas relações. Para reverter o quadro, ela sugere a abordem do tema de forma mais ampla para esclarecer e eliminar esses medos e incertezas.

“O sexo precoce pode gerar a gravidez inoportuna e doenças letais como como as DST (doenças sexualmente transmissíveis). Tira as mulheres do mercado de trabalho, que nem sempre se casam”, adverte a psiquiatra. Geralmente elas criam os filhos na casa dos pais, que aceitam total ou parcialmente a nova vida. Carmita informa que é comum a gravidez não programada se repetir após um ou dois anos, nem sempre com o mesmo parceiro.

A saúde pública investe bastante em campanhas de prevenção. “Mas é necessário conhecer a situação social desse segmento e abordar o tema em escola e instituições de bairro”.

A idade ideal para iniciação sexual é variável, entende Camita Abdo, pois existem jovens com 17, 18 anos que ainda não amadureceram. “O apelo sexual independe da idade. Quando entra na puberdade, o jovem apresenta necessidade sexual. Jovem e sexo são inseparáveis”, ressalta.

A partir deste mês, as mulheres que passam pelas estações do Metrô, trem e terminais de ônibus estão recebendo anticoncepcionais comuns. No próximo mês, a Secretaria da Saúde também distribuirá contraceptivo de emergência (conhecido como pílula do dia seguinte) e preservativos. Os dois medicamentos são oferecidos mediante apresentação de receita médica. Junto com a camisinha, as mulheres recebem folder com explicações do correto uso do produto.

“A medida é importante para quem sabe utilizar esse material e não tem dinheiro para adquiri-lo”, afirma a médica. Carmita destaca a importância da presença de profissionais de saúde no local para orientar, responder dúvidas e monitorar o uso de preservativos e pílulas.   

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Viviane Gomes

Da Agência Imprensa Oficial