A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT) assinou na última quarta-feira, dia 28, convênios com 60 prefeituras do Estado para criação do Banco do Povo Paulista.
As regiões que ganharam novas unidades foram: São José do Rio Preto (11), Campinas (7), Sorocaba (7) e Região Metropolitana (7), Ribeirão Preto (4), Presidente Prudente (4) e Marília (4); São José dos Campos (3), Franca (3) e Araçatuba (3); Bauru (2), Registro (2) e Araraquara (2), e Barretos (1).
O Banco do Povo Paulista atende ao pequeno empreendedor ou aqueles interessados em começar um negócio, pessoas cujo um empréstimo de apenas R$ 200 pode fazer toda a diferença e que, muitas vezes, não conseguem acesso ao sistema bancário tradicional.
Dos 60 convênios assinados, 38 são com municípios com menos de 10 mil habitantes, 15 deles têm menos de 5 mil moradores. A maioria das prefeituras tem a agricultura como principal atividade econômica.
Esse é o caso de Santa Cruz da Esperança, município da região de Ribeirão Preto. Segundo o último censo do IBGE, tem apenas 1.872 moradores. A população sobrevive do corte de cana-de-açúcar e, nos períodos de entressafra, de trabalhos esporádicos.
Os moradores podem obter com o agente de crédito, sem burocracia, empréstimos entre R$ 200 e R$ 5 mil, com juros de 1% ao mês. Já as cooperativas e associações de produção podem conseguir até R$ 25 mil.
Para o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Walter Caveanha, é uma oportunidade de abrir um novo mercado de emprego e renda para a população, principalmente nos municípios dependentes do setor agrícola, que tem a sazonalidade como uma das preocupações. “Eles podem enfrentar esse problema com a criação de cooperativas. Muitos prefeitos já estão criando cooperativas para promover dentro da comunidade a oportunidade de emprego e renda”, reflete o secretário.
Caveanha garante que já foram criados mais de 120 mil empregos diretos com as 377 unidades do Banco do Povo em funcionamento no Estado. “Mais de 450 mil pessoas estão envolvidas nesse projeto. Com esses novos Bancos do Povo, não tenho dúvida alguma, que nós próximos dois ou três anos vamos dobrar o número de empregos dentro do programa de microcrédito”.
O secretário disse, ainda, que mais de 121 mil contratos foram celebrados, com investimentos de R$ 333 milhões. “Isso é possível porque a inadimplência é baixa e tem se mantido em torno de 2%, índice muito inferior ao do mercado”.
Os prazos do financiamento variam de acordo com a linha de crédito. Para o capital de giro, o empreendedor tem de um a seis meses para pagar. Para os investimentos fixos o prazo é de até 18 meses. As duas linhas têm prestações mensais fixas.
Os municípios participam com 10% do valor financiado, oferecem o local, equipamentos e os agentes de crédito, enquanto o Governo do Estado é responsável por 90% dos recursos financeiros.
Para a Prefeitura de Itirapuã, com cerca de 25% da população desempregada, o convênio assinado representa uma esperança de novas fontes de geração de emprego. Segundo a Prefeitura, a cidade não tem indústrias, por isso é necessário que haja investimentos para incentivar a geração de renda e emprego no município. Na entressafra do café, cerca de 1.500 pessoas perdem o trabalho. O município, segundo o IBGE, tem 5.600 habitantes e arrecada R$ 5,4 milhões por ano.
O mesmo sentimento de oportunidade se vê em Dobrada, região de Araraquara. Para os moradores o Banco do Povo significa oportunidade, principalmente, para os jovens na faixa de 17 a 25 anos. Segundo a Prefeitura, essa faixa da população é a que tem mais dificuldade de conseguir uma vaga no mercado de trabalho.
Veja abaixo relação das futuras unidades do Banco do Povo Paulista:
Região de São José do Rio Preto – Aparecida D’Oeste, Ariranha, Bady Bassit, Estrela D’Oeste, Ibirá, Icém, Itajobi, Palmares Paulista, Pontes Gestal, Três Fronteiras e Urupês;
Região de Campinas – Engenheiro Coelho, Itupeva, Lindóia, Mombuca, Piracaia, Santo Antônio da Posse e São Sebastião da Grama;
Região de Sorocaba – Araçoiaba da Serra, Campina do Monte Alegre, Capela do Alto, Cerqueira César, Conchas, Porongaba e Ribeirão Grande;
Região Metropolitana – Biritiba Mirim, Cajamar, Cotia, Franco da Rocha, Mauá, Salesópolis e Taboão da Serra;
Região de Marília – Gália, Ocauçu, Oriente e São Pedro do Turvo;
Região de Ribeirão Preto – Guatapará, Santa Cruz da Esperança, Santo Antonio da Alegria e Serra Azul;
Região de Presidente Prudente – Mirante do Paranapanema, Monte Castelo, Piquerobi e Santa Mercedes;
Região de Araçatuba – Gastão Vidigal, Glicério e Santo Antonio do Aracanguá;
Região de São José dos Campos – Paraibuna, Queluz e Tremembé;
Região de Franca – Itirapuã, Ribeirão Corrente e Rifaina;
Região Bauru – Arealva e Reginópolis;
Região de Registro – Eldorado e Sete Barras;
Região de Araraquara – Dobrada e Nova Europa;
Região de Barretos – Pirangi
André Muniz
