Serra participa da abertura de mutirão estadual da Saúde

O objetivo do megamutião é reduzir o tempo de espera nas filas e conscientizar os paulistas sobre a importância da prevenção de doenças

sáb, 14/04/2007 - 17h18 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou na manhã deste sábado, 14, no Instituto Dante Pazzanese, zona Sul da Capital, da abertura do mega-mutirão estadual da saúde realizado em mais de 60 unidades em todo o Estado.

Serra destacou que esse é apenas o primeiro de vários mutirões que serão promovidos pela secretaria Estadual de Saúde ainda neste ano. “Nós próximos mutirões, faremos parcerias para incluir hospitais filantrópicos e municipais e, ai sim, mobilizar todo o sistema”, explicou.

O objetivo do mega-mutirão é reduzir o tempo de espera nas filas e conscientizar os paulistas sobre a importância da prevenção de doenças. “Nesse primeiro mutirão procuramos  oferecer o maior número possível de especialidades e atendimentos”, frisou o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas.

Na visita ao Dante Pazzanese, Serra percorreu os corredores do hospital, fez exames de pressão arterial e teste de glicemia. Ele também conversou com os pacientes, que aprovaram a iniciativa do governo estadual.

Primeiro balanço

Nas unidades que participaram do megamutirão de saúde, cerca de mil profissionais, entre médicos e enfermeiros, realizaram exames de pressão arterial, diabetes, mamografias, teste de glicemia e hepatite, ultra-sonografias, ecocardiogramas e o papanicolau durante todo o dia. Também foram feitas cirurgias de hérnia, fimose, varizes, vasectomia, tumores de pele, entre outros. O primeiro balanço divulgado pela secretaria da Saúde informava que 40 mil pessoas haviam sido atendidas até as 11 horas da manhã.

Quem buscou atendimento, também gostou do atendimento. É o caso da empregada doméstica Zuleide Palmeira dos Santos Silva, 37 anos. Nos hospitais, em que buscava solução para suas varizes, gastou meses sem sucesso. “Minha situação só começou a mudar de um mês para cá, depois que me indicaram o Instituto Dante Pazzanese. Aqui fiz exames de sangue, ultrassonografia, além do eletrocardiograma, rapidinho, logo em seguida à primeira consulta”, conta.

 Mas a surpresa maior, segundo ela, foi a desta semana, quando a convocaram para fazer a cirurgia durante o mutirão. “Dei pulos de alegria”, conta a moradora do Jardim Helena, sorridente, à espera da intervenção cirúrgica que deveria durar pouco mais de trinta minutos. Internada neste sábado, 14, ela terá alta amanhã, pronta para daqui a três meses operar a outra perna. “Nunca imaginei que fosse tudo tão simples, rápido, e ainda por cima, dentro do esquema de mutirão. A partir de agora, vou aderir aos mutirões, o próximo vai ser o da mamografia, não é? Vou abrir a fila”, previu Zuleide.

Situação semelhante experimenta o motorista Vítor Figueira de Quintal, casado, um filho, 33 anos, morador de Parelheiros. Vive às voltas com as varizes desde os 17 anos, ocasião em que se submeteu à primeira cirurgia. Internado desde o dia anterior, depois de também ser convocado pelo Pazzanese, neste sábado, finalmente, fez a tão aguardada cirurgia. “O atendimento foi impecável, maravilhoso, parece hospital particular”, elogiou. Para ele, os mutirões solucionam vários problemas de uma só vez, ao mesmo tempo desafoga as filas. “Hoje, por exemplo, no setor vascular do Instituto, foram 20 pessoas a menos nas filas, prestação de serviços à comunidade, assim, não tem preço”.

O Setor de Ecocardiograma do Instituto Dante Pazzanesse teve movimento acima do esperado em menos de duas horas. Das 7 às 8h45 passaram por lá cerca de 200 pessoas a procura por exames de colesterol, glicemia e hiperetensão, entre outros. “A manhã está movimentada”, dizia Artur Marchezi Filho, responsável pela coordenação e assistência ao paciente e aos atendentes. Com diversos prontuários debaixo do braço, e centenas de broches decorando o uniforme, ele gosta de dizer que é homem experiente em mutirão. “Já participei de uma dezena deles”, diz. 

Uma das pacientes atendidas pelo setor de cardiologia do Dante foi Maria José Pereira Santos, aos 46 anos. Ela diz que já lutou muito para fazer exames no Instituto. “Hoje vou fazer o ecocardiograma que já estava agendado. Como perdi todos os meus documentos achei que não fosse dar certo, pensei em desistir, chorei, mas mesmo assim, vim e, no final, deu tudo certo. O pessoal foi muito atencioso comigo, só puxaram o meu nome no computador e pronto”, contou. .

 Cleber Mata 

Maria das Graças Leocadio

*Da Agência Imprensa Oficial