Serra entrega 1ª fase do Parque Leopoldina – Villas-Bôas

Área de 260 mil metros quadrados presta homenagem ao indigenista paulista e à Amazônia

qui, 07/01/2010 - 10h44 | Do Portal do Governo

(atualizado 16h24)

A capital paulista acaba de ganhar mais uma área de lazer: o Parque Leopoldina – Villas-Bôas. O governador José Serra entregou nesta quinta, 7, a primeira fase do novo parque na zona oeste da cidade, resultado de uma parceria do Governo do Estado e da prefeitura. “Eu tenho certeza que no futuro este espaço vai ser algo muito importante e característico na cidade”, ressaltou Serra.

O novo parque, ao lado da Marginal Tietê, terá uma área total de 260 mil m2 – duas vezes mais do que o Parque da Aclimação. O espaço será destinado ao uso recreativo, esportivo, educativo e de contemplação ambiental.

Nesta primeira fase, serão entregues à população dois campos de futebol, quatro quadras (sendo uma de futebol society, uma poliesportiva e duas de tênis) e um paredão para tênis. Também serão entregues uma pista de cooper, com tratamento de jardinagem em toda sua extensão, brinquedos infantis e equipamentos de ginástica para a terceira idade. “O parque já está aberto e gradualmente irá sofrendo reformas e melhorias”, disse o governador.

O local é inspirado na figura do indigenista Orlando Villas-Bôas, reafirmando o compromisso de São Paulo com os povos indígenas e com a preservação da Amazônia. Um dos exemplos deste compromisso são as políticas publicas de restrição do uso de madeiras não certificadas no território paulista. A próxima etapa do parque prevê inclusive a ampliação do paisagismo com o plantio de espécies amazônicas e a criação de um jardim sensitivo com plantas aromáticas e comestíveis.

Além disso, será instalada uma pista de bicicleta em toda a extensão do parque. Em outra fase, será construída uma grande área para a prática de esportes radicais com equipamentos para escalada, skate, patins e mais 11 quadras poliesportivas.

O Leopoldina – Villas-Bôas irá receber um grande pergolado que atravessará toda a área, criando eixos de circulação que possam servir de orientação aos usuários. Essa estrutura, além de facilitar o deslocamento, também deverá permitir que plantas trepadeiras o utilizem como suporte para desenvolvimento.

Histórico

O parque está sendo implantado em duas áreas contíguas. A primeira, de 55 mil m2, da prefeitura, abrigava a antiga Usina de Compostagem Municipal, desativada por demandas da população moradora do entorno. A segunda, de 205 mil m2, da Sabesp, foi desapropriada para dar lugar ao projeto. Quase todos os edifícios existentes deverão ser demolidos, ampliando a área permeável da região. Serão preservados os prédios que abrigarão as áreas administrativas, as equipes de apoio como a Guarda Civil Metropolitana, os bombeiros e o ambulatório.

Uma área especial será reservada para a criação de um espaço museológico, que abrigará o rico acervo de Orlando Villas-Bôas. A Cetesb e o Centro Paula Souza também vão instalar no parque programas descentralizados de ensino com a temática ambiental. “No futuro, planejamos também aqui uma Escola Técnica para formação em recursos humanos na área ambiental”, completou José Serra.

Amazônia

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, desenvolve uma série de iniciativas para a preservação da Amazônia. Dentre elas, destacam-se as estratégias do projeto São Paulo Amigo da Amazônia: a redução da demanda por madeira de lei, a intensificação da fiscalização da polícia ambiental na entrada de madeira ilegal e a valorização de empresas que utilizam madeira sustentável.

Para tanto, o Estado implantou um mecanismo inovador que permite verificar a “identidade” da madeira com a ajuda de especialistas do Instituto Florestal. Foram adquiridos computadores e máquinas fotográficas e treinados 180 policiais militares para a fiscalização à distância da comercialização ilegal deste tipo. Desde 2008, foram apreendidas 6.143 toneladas de madeira ilegal.

A Secretaria do Meio Ambiente criou ainda o selo Madeira Legal para estimular o consumo sustentável, divulgando à sociedade aquelas madeireiras que comercializam legalmente a madeira nativa. Atualmente são 100 madeireiras cadastradas no programa. Padarias, pizzarias e churrascarias também ganham o selo Madeira Legal quando fazem a Reposição Florestal do que é utilizado nos fornos e caldeiras. Em 2009, mais de 2,7 milhões de árvores foram plantadas no Estado, o que corresponde a uma área de 1.800 hectares de florestas.

Da Secretaria do Meio Ambiente