Serra assina contrato com Banco Mundial para projetos ambientais

Empréstimo de US$ 100 milhões vai financiar programa de recuperação de mananciais

qua, 28/10/2009 - 15h00 | Do Portal do Governo

Atualizado às 17h45

O governador José Serra firmou, nesta quarta-feira, 28, um acordo de empréstimo no valor de US$ 100 milhões entre a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e o Bird (Banco Mundial). A Sabesp entra com a contrapartida de US$ 25 milhões. Esses recursos fazem parte do investimento total de R$ 1,39 bilhão do Programa Vida Nova – Recuperação de Mananciais.

Este é um dos maiores programas de saneamento do Brasil, feito pelo Governo do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Saneamento e Energia, com a participação da Secretaria do Meio Ambiente, Sabesp e Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), da Prefeitura de São Paulo e de São Bernardo do Campo.

“O propósito nosso é salvar a água que abastece São Paulo e salvar o meio ambiente. Este projeto envolve rede coletora, tratamento de esgoto para que não seja despejado sem tratamento nas represas. Envolve remoção de famílias que estão em áreas de risco e oferta de novas moradias, envolve a melhoria do sistema de captação de lixo das prefeituras, enfim, envolve um conjunto de ações até criação de novos parques para que funcionem como colchões amortecedores, digamos, da poluição, para que se criem áreas de proteção que sejam capazes de evitar o avanço da poluição ambiental e da contaminação das represas”, disse Serra.

Diretamente, cerca de 2,5 milhões de pessoas residentes no entorno das bacias Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Juqueri-Cantareira e Alto e Baixo Cotia serão beneficiados pelo programa. Indiretamente, todos os quase 20 milhões de habitantes que consomem a água tratada dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) serão atingidos.

O principal objetivo do programa Vida Nova é recuperar os grandes reservatórios de água da região metropolitana, organizando a ocupação de seu entorno e garantindo o abastecimento da Grande São Paulo. A região é uma das maiores concentrações urbanas do mundo e vive uma situação de escassez hídrica. Cada morador da região tem à sua disposição, por ano, 201 m3 de água. O recomendado pela ONU são 2,5 mil m3 por habitante/ano.

As obras do programa já estão em execução e muito já foi feito, como urbanização de 29 favelas (como o Cantinho do Céu), a desocupação de áreas de preservação permanente, criação de parques (como o Nove de Julho e o Atlântica), ampliação de infraestrutura sanitária com a implantação de coletores-tronco, redes coletoras de esgotos e interligações ao sistema de esgotamento sanitário. Além de melhorias no sistema de abastecimento de água, medidas de controle de qualidade da água, recuperação ambiental e a compra de equipamentos para a coleta de lixo, já entregues a prefeituras do entorno das represas.

Também participaram do encontro a secretária estadual de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena, o secretário do meio ambiente, Xico Graziano, o secretário de Economia e Planejamento, Francisco Vidal Luna, o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, o diretor do Banco Mundial (Bird) para o Brasil, Makhtar Diop, e a chefe do Departamento de Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável da América Latina do Bird, Laura Tuck.

Da Sabesp e do Portal do Governo do Estado de São Paulo