Serra abre 72ª edição dos Jogos Abertos do Interior

Governador reforçou que Governo do Estado melhorou os investimentos na competição

sáb, 15/11/2008 - 10h34 | Do Portal do Governo

Com a presença do governador José Serra, que chegou acompanhado do prefeito Barjas Negri; do secretário de Esporte, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva; e de várias autoridades da cidade e da região, Piracicaba abriu oficialmente na noite desta sexta-feira, 14 de novembro, a 72ª edição do Jogos Abertos do Interior.

“Vim a Piracicaba com muita satisfação e muito entusiasmo, para desejar sorte a todos os competidores desses Jogos Abertos”, disse o governador em entrevista coletiva no hall de entrada do Estádio Barão de Serra Negra. Bem humorado, Serra conclamou os participantes a lutar pela vitória com o mesmo espírito que é típico da Olimpíada Caipira. Afirmou ainda que o Governo do Estado melhorou os investimentos na competição e que pretende continuar contribuindo com os municípios na área esportiva.

Em seguida, o governador subiu para as arquibancadas e sentou-se em meio ao público – cerca de cinco mil pessoas. Começava oficialmente os Jogos Abertos de Piracicaba, a terra da cana, da pamonha, do peixe e da pinga boa!

A saudação, que abraça os visitantes no hall de entrada do Comitê de Imprensa, dá a exata medida de quão raras vezes a cidade sede dos Jogos Abertos do Interior – realizados anualmente  pelo Governo do Estado de S. Paulo em parceria com a prefeitura –  faz justiça ao epiteto de Olimpíada Caipira.

Entre tantos argumentos, bastaria lembrar que aqui vive um dos pioneiros dos  Jogos, o engenheiro agrônomo  Virgílio Fagundes. Amigo de Babi Barioni, criador da competição, Vírgilio jogou pela  seleção de “bola ao cesto” de Piracicaba na primeira edição dos jogos, realizada em 1936 na cidade de Monte Alto.

A história dessa lenda do esporte está no portal do Jornal de Piracicaba(http://www.jpjornal.com.br/jogosabertos/default.asp?pag=vernoticia&id=49454)  mas aqui vai um aperitivo:  muito lúcido do alto dos seus 92 anos, Virgílio lembra que naquele tempo quem quisesse jogar tinha que pagar mensalidade. E mais: em 1936 o time de Piracicaba só pode viajar para Monte Alto porque o diretor da estrada de ferro  Paulista conseguiu  as passagens .

Piracicaba, 2008. Terra de violeiros, de poetas e trovadores, do pioneiro Salão de Humor, de muitas indústrias, universidades, Esalq, Unicamp, Fatec..e do rio Piracicaba cantado em verso e prosa, de monumentos do esporte como Wlamir Marques e Magic Paula.  Essa é a anfitriã do megaevento em que se transformaram os Jogos Abertos do Interior, 72 anos depois.

Para se ter idéia da expectativa que antecedia a festa de abertura oficial, programada para o Barão de Serra Negra – estádio em que por muitos anos desfilaram astros do futebol paulista e brasileiro –  o único personagem que rivalizava com os mascotes Quinzinho e Caianinha era o governador José Serra. “Será que ele vem mesmo?” – era o que mais se ouvia entre os dirigentes de delegações e  jornalistas das mais diferentes regiões do Estado, apinhados no Comitê de Imprensa dos Jogos.

A cidade vive clima de grande evento. Não é para menos. A rede hoteleira agradece e não dá conta da demanda: quem chegou na semana de abertura dos Jogos teve que ir para a bucólica Águas de São Pedro ou hospedou-se na casa de amigos.

Da mesma forma, o movimento no comércio deu um salto triplo no seu movimento, especialmente à noite. As cidades que para cá vieram – 233 – abastecem suas cozinhas nos supermercados da cidade. E gastam bem com alimentos de primeira qualidade porque, no sagrado bandejão de todos os dias,  prevalece a democracia do prato.

Mesmo hospedados em hotéis, atletas de ponta, com status olímpico, não dispensam o farto e bem nutrido cardápio na companhia de dirigentes, jornalistas, motoristas e pessoal de apoio da delegação. Participar dos Jogos Abertos é resgatar o espírito de saudável confraternização que deve prevalecer em qualquer competição, seja profissional ou amadora . Talvez seja por isso que nem passa pela  cabeça do estrelado mesatenista Hugo Hoyama  aposentar a raquete às vésperas de fazer 40 anos. “Ano que vem estarei em Santos. Pode cobrar!”

(M.C.)