Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um sensor capaz de medir em tempo real os valores de concentrações na mistura de álcool e gasolina no tanque de um carro flex fuel. O sistema transmite os dados coletados por meio de fibras ópticas e detecta também adulterações e a presença de água e produtos estranhos no combustível.
O sensor, já licenciado pela Unicamp, será desenvolvido e comercializado pela empresa Click Automotiva. É calibrado para identificar as concentrações de componentes a cada segundo ou microssegundo. Permite conferir a qualidade do combustível enquanto corre pelo duto na indústria, nos depósitos das agências de distribuição, na chegada ao posto de gasolina, até o consumidor final.Verificação antes e depois – Segundo o coordenador das pesquisas, professor Carlos Suzuki, o dispositivo vai beneficiar toda a cadeia produtiva dos combustíveis. E é diferente da verificação convencional do material, que exige envio de amostras para análise em laboratório e demora uma hora até ser finalizada.
Pela técnica criada na Unicamp, o sensor é instalado no escapamento do veículo flex e avalia a mistura somente após a queima. “O ideal é usar o sensor no momento de entrada do combustível e não apenas na sua queima”, observa Suzuki.
Esta é a primeira vez que a fibra óptica é utilizada para essa finalidade. Esta tecnologia surgiu no início da década de 1970, a partir de projeto firmado entre a Unicamp e a Telecomunicações Brasileiras (Telebrás).
Da Unicamp
(M.C.)