Aproximadamente 155 mil campos de futebol, ou 110 mil hectares. Esta é a extensão da área que deixou de utilizar o método de queimadas na colheita de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Os dados favoráveis surgiram graças à compreensão dos produtores do Estado, que seguiram as projeções do Programa Etanol Verde.
Iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente, o documento teve adesão de 100% dos fornecedores e de mais de 90% dos usineiros. Além da diminuição das queimadas, o Estado tem outro resultado para comemorar: a área de colheita mecanizada cresceu 657 mil hectares.
Esse crescimento significa que 50% da colheita no Estado foi feita mecanicamente na safra 2007/2008, contra 35% do período anterior. Isso se deu principalmente por causa das novas áreas de produção que, segundo o protocolo, só podem operar com máquinas na colheita.
A próxima meta da campanha é ampliar a área de matas ciliares recuperadas. O objetivo é refazer 400 mil hectares nos próximos anos. Até o final de 2008, 140 mil hectares já haviam sido cadastrados.
Programa Etanol Verde
O objetivo do projeto é desenvolver acordos com o setor sucroalcooleiro para estimular a produção sustentável do etanol com controle da poluição, responsabilidade social e com respeito aos recursos naturais.
Estimativas apontam que, em 2014, haverá no Estado de São Paulo cerca de sete milhões de hectares de cana plantada. Dessa área, cerca de 5,9 milhões de hectares serão em áreas mecanizadas. O restante estará em áreas sem a presença de máquinas, com declividade acima de 12%.
Sem o Protocolo, seriam 3,83 milhões de hectares sendo queimados em 2014. Com o Protocolo, toda a área mecanizada será colhida crua, ou seja, sem utilização do fogo. Da área total, haverá queima em menos de 440 mil hectares.
