Uma das frentes que apresenta avanço quando o assunto é meio ambiente é a agricultura. Em São Paulo, o setor tem recuperado a vegetação natural, segundo o recente censo agropecuário do Estado. O Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, mostra que as propriedades rurais ampliaram sua cobertura florestal, passando de 10% para 11,87% da área total das fazendas.
Com relação ao levantamento anterior, feito há 12 anos, houve aumento de 478 mil hectares de matas no território paulista. A vegetação natural levantada no censo exclui os parques e reservas florestais, mantidos em unidades públicas de conservação ambiental, assim o acréscimo foi feito dentro de propriedades rurais de particulares.
Um dos projetos que coopera para estes números é o Mata Ciliar: nele são catalogadas áreas de preservação, declaradas por seus detentores, que se encontram em processo de recuperação florestal. Basicamente representam beiradas de brejo, nascentes d’água, margens de rios, córregos e reservatórios.
O número de propriedades que utilizam métodos de conservação do solo também passou de 147 mil para 180 mil. As práticas de controle de erosão se ampliaram em 22% nas propriedades rurais. O plantio direto, a mais avançada técnica sustentável da agricultura, passou de 550 mil para 760 mil hectares cultivados em São Paulo. Esse aumento também é resultado do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas e do incentivo do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) para o financiamento e compra de semeadoras de sistema de plantio direto.
O LUPA mostra ainda que as áreas de pastagens diminuíram de 51% para 39%, enquanto as de lavoura (temporárias, perenes, incluindo as de reflorestamento) passaram de 34% para 44% do total.
Todas as informações do LUPA estão disponíveis para consulta na internet, em três endereços diferentes: www.agricultura.sp.gov.br, www.iea.sp.gov.br ouwww.cati.sp.gov.br/projetolupa