Durante coletiva realizada na sede do Depatri – Departamento de Investigações Sobre Crimes Patrimoniais, nesta quinta-feira, dia 15, na Capital, a Secretaria da Segurança Pública apresentou os membros da quadrilha especializada em extorsão e roubo de jóias, Carlos Rodrigues (vulgo Carlinhos), 37 anos, Luciano Nuzzo Gallão (com passagem por receptação), 52 anos, e Ana Lúcia Araújo Vieira Mendes Gallão. Eles são acusados de utilizar bombas ligadas ao corpo das vítimas para levar a termo os delitos de extorsão mediante seqüestro.
A investigação que resultou na prisão dos acusados levou quatro meses para ser finalizada. Com a identificação de Carlos Rodrigues, mentor intelectual do bando, foi possível desvendar o crime, ocorrido em 14 de dezembro do ano passado, no qual, após seqüestrar a mãe, a esposa e o filho, de 16 anos, de um empresário ligado ao comércio de pedras preciosas, os criminosos exigiram como resgate um acervo de esmeraldas lapidadas avaliado em R$ 2 milhões de reais. As duas primeiras vítimas foram mantidas em cativeiro fixo e a terceira, com a bomba presa ao corpo, em cativeiro móvel.
Os policiais envolvidos na investigação acreditam que Carlinhos, além de ser o suspeito de ter fabricado o artefato explosivo, esteja envolvido em outros crimes com as mesmas características praticados na capital. As diligências prosseguem visando a identificação dos demais componentes do bando.
Foram recuperados 14 mil quilates de esmeraldas (cerca de 2,8 quilos e oitocentos gramas), um Mercedes Benz Classe A, uma Ford Courier, centenas de anéis, pulseiras, colares e brincos, três telefones celulares, um rádio Nextel, uma pistola Taurus calibre 7.65, 20 gramas de cocaína, entre outros itens.
