Policiais do Depatri apresentaram hoje (17/04/2001), durante coletiva realizada na Av. Zachi Narchi, 152, a partir das 14 horas, os empresários Eduardo Farias e Genivaldo de França Farias, líderes de quadrilha especializada em seqüestros, que, em cinco de abril último, seqüestrou e manteve em cativeiro 36 funcionários do Banco do Brasil de Iguatu (Ceará) e seus familiares. A libertação dos reféns só aconteceu depois do pagamento do resgate de R$ 750 mil reais. Dois outros componentes do grupo, Gilberto Araújo de Santana (fugitivo) e José Hildomar da Silva Pereira, foram presos no Terminal Rodoviário do Tietê portando cerca de R$ 56 mil ainda com as etiquetas do Banco do Brasil de Iguatu. O terceiro membro preso, Marcos José Halada (fugitivo), foi capturado no interior da empresa de Eduardo e Genivaldo.
A polícia identificou, ainda, como co-autores do delito, Edvalson Prospero da Silva (vulgo Piauí), Ricardo Pereira Mesquita (Ratão) e Boris Américo Martins (Tuti).
Por meio de censura telefônica, autorizada judicialmente, as investigações partiram do suspeito Itamar Gomes dos Santos (codinome Vítor) e acabaram por levar a Polícia aos cabeças da quadrilha. Os empresários Eduardo e Genivaldo eram os responsáveis pelas necessidades básicas dos integrantes do bando, ou seja, adquiriam passagens de avião ou ônibus, documentos falsos e cuidavam de sua hospedagem. Providenciavam, ainda, a contratação de advogados quando havia necessidade.
Na residência dos empresários, foram apreendidos formulários em branco de certidões de nascimento, documentos comprometedores, além de planos detalhados de seqüestros que seriam realizados no interior do Estado de São Paulo, Vale do Paraíba inclusive.
A Secretaria da Segurança do Ceará, devidamente avisada, providenciou imediatamente, junto ao Poder Judiciário, três delegados e os documentos necessários para a transferência dos detidos para aquele Estado.
‘Este é mais um exemplo de como a Polícia, agindo de forma inteligente e eficiente, consegue resultados expressivos em suas ações. A quadrilha desbaratada tinha uma estrutura profissional e estruturada. Para combater elementos com este nível de organização, a Polícia está equipada e treinada e, principalmente, motivada como os policiais que levaram a termo essa investigação’, elogiou o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi.
