Ao tomar posse como delegado geral de Polícia de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme anunciou a necessidade de estabelecer um diagnóstico de todas as Delegacias do Interior (Deinter). Para tanto, determinará uma inspeção nessas unidades, como uma das ações do plano de trabalho a ser desenvolvido nos próximos 100 dias pelo Governo José Serra.
O novo delegado adiantou que os procedimentos deste período inicial ainda estão sendo definidos pela equipe de governo, mas que todo o trabalho estará voltado para melhor atender à população de São Paulo.
Leme foi empossado pelo secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e ambos deram posse aos 23 novos diretores de departamentos da Polícia Civil. A solenidade, no Auditório Elis Regina, no Anhembi, na manhã desta quarta-feira, contou com a presença de mais de mil pessoas, entre delegados, políticos e empresários.
“Temos hoje uma Polícia de estado, com um governador firme, um secretário que coloca o bem comum e o interesse público acima de tudo e de todos, o que muito nos orgulha e engrandece”, disse Mário Jordão. Ele também agradeceu ao delegado Élson Alexandre Sayão, que assumiu como adjunto da Polícia Civil.
Combate ao crime
Aperfeiçoar cada vez mais a ação policial de combate ao crime é um dos principais focos nesse governo, aspecto ressaltado pelo secretário Marzagão: “todo brasileiro tem direito à segurança, previsto na Constituição Brasileira”. Ele enfatizou que a sociedade não pode tornar-se refém dos criminosos, e reiterou a necessidade de fazer imperar os princípios da prevalência da ordem jurídica e da autoridade.
O combate ao crime organizado pela Polícia de São Paulo tem recebido investimentos em tecnologia da informação, recurso fundamental para o intercâmbio das informações com os demais órgãos estaduais e federais. Este avanço é reconhecido pelo secretário Marzagão, para quem “o resultado da soma dos esforços integrados das nossas Polícias será, sem dúvida, a melhor prestação possível da atividade policial a que o povo tem direito”, completou.
A vocação
Quando estava com oito anos de idade, o menino Mário Jordão participou de uma solenidade que despertaria nele o interesse pela carreira policial. Na cerimônia, em Bragança Paulista, aluno do Colégio Jorge Tibiriçá, ele viu um delegado com o distintivo na lapela. Naquele momento decidiu que seria um delegado de Polícia. Até concretizar seu sonho, o delegado Mário Jordão desempenhou outras funções e confessa que deixou uma carreira brilhante na iniciativa privada “para abraçar uma carreira difícil, cheia de adversidades, mas que me enobreceu, que só me orgulha, que só me traz alegria de lutar pelo povo da nossa cidade, do nosso estado”.
Até chegar ao posto que assumiu hoje, o delegado Mário Jordão percorreu uma longa trajetória, com episódios marcantes e que estimulam sua carreira. Das experiências vividas, ele destaca o trabalho que desempenhou nas cidades de Diadema e São Bernardo do Campo, na Secretaria de Administração Penitenciária e na 1ª Delegacia Seccional.
Despedida
Depois de oito anos no cargo de delegado geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo se despediu exaltando a competência do novo delegado. “Posso afirmar que ele não mediu esforços nas áreas onde atuou, combateu a violência com estilo, sempre do campo da moral e da ética, palavras hoje tão esquecidas. Interagiu de forma notável com as outras instituições”, disse Desgualdo.
Ainda na sua fala de despedida, Desgualdo confessou: “Por Deus tive a honra de chefiar a melhor Polícia Civil do Brasil no seu aniversário de 100 anos. Assim, só me cabe agradecer àqueles que impulsionaram a Polícia rumo ao terceiro milênio, possibilitando o desenvolvimento nas áreas de investigação e inteligência”.
Veja íntegra dos discursos do secretrário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e do delegado geral de Polícia de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme.
Lessandro Vendrame
Da Secretaria da Segurança Pública
C.M.
