O secretário estadual da Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, explicou nesta quarta-feira, dia 19, durante entrevista coletiva, que as razões pelas quais os dados estatísticos elaborados pela Secretaria da Segurança Pública não coincidem em alguns tópicos com os divulgados por outras instituições são de natureza metodológica.
Disse o secretário:
“As estatísticas feitas pela Secretaria da Segurança Pública sobre homicídios se baseiam nos boletins de ocorrência registrados nos Distritos Policiais. Os casos são contabilizados, segundo classificação de natureza jurídica: homicídios dolosos (quando houve intenção de matar), homicídios culposos (quando não houve intenção), latrocínios (roubo seguido de morte) etc.
Essa metodologia difere, por exemplo, da utilizada pelo Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo. O Pro-Aim elabora as estatísticas de mortes, tendo como base os dados contidos nas declarações de óbito que passam pelo Serviço Funerário da Capital e segue critérios que nada têm a ver com o interesse jurídico ou criminal da ocorrência.
Na verdade, os dados do Pro-Aim são relevantes do ponto de vista da saúde pública. Para essa finalidade não é importante diferenciar entre um disparo acidental de arma de fogo e um latrocínio (roubo seguido de morte). É por essa razão que os dados relativos à saúde pública não podem ser considerados do ponto de vista criminal”.
