Secretarias de Agricultura e Saúde assinam convênio para segurança alimentar

nd

seg, 07/05/2001 - 18h33 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo assinaram convênio com o Instituto Pan-Americano de Proteção de Alimentos e Zoonozes (Inppaz), ligado à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para implementação do Programa de Vigilância e Controle de Cadeias Produtivas de Alimentos. O convênio foi assinado na semana passada (3/5/2001), durante a XII Reunião Interamericana Ministerial em Saúde e Agricultura (Rimsa).

O Governo do Estado destinará US$ 520 mil para o programa, que visa assegurar e melhorar a qualidade dos alimentos produzidos no Estado, além de controlar o uso de agrotóxicos, abate de animais e armazenagem de grãos.

Segundo o secretário de Agricultura, João Carlos de Souza Meirelles, este plano de ação conjunta entre agricultura e saúde vai ao encontro do novo conceito de cadeia produtiva, que envolve os dois setores. ‘Pela primeira vez estamos criando uma ação conjunta no País, entre as áreas de agricultura e saúde, por meio deste convênio. Afinal, alimentos e saúde humana estão intrinsecamente ligados: 70% das diarréias em crianças do mundo vem de alimentos contaminados’, diz Meirelles.

Para o diretor do Inppaz, Cláudio Almeida, ‘os consumidores precisam cobrar do governo ações para garantir a qualidade dos alimentos’. Segundo ele, os alimentos exportados estão dentro de controles rígidos de qualidade, mas o mesmo tratamento não é dado para o consumo interno. ‘Com exceção dos americanos e canadenses, os demais povos da América não se preocupam com as doenças causadas por alimentos, por falta de informação’, conclui ele.

De acordo com dados do Inppaz, 41% dos surtos registrados nas Américas entre 1997 e 2000 foram provocados por alimentos consumidos em casa. Os ambulantes foram culpados por apenas 1,5% dos surtos. O controle e a prevenção de enfermidades transmitidas por alimentos são uma preocupação mundial, e algumas são consideradas emergentes porque estão ocorrendo com maior freqüência, caso da diarréia infantil e da cólera, provocadas por bactérias presentes como salmonela (ovo e frango mal cozido); escherichia coli (carnes) e listeria (queijos).