Lideranças rurais acompanharam, em 4 de agosto, o evento Dia de Campo Seguro – Família Nação Agro, uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Canal Rural e com apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio da participação de técnicos nas palestras oferecidas.
O evento, realizado em Pindamonhangaba, foi transmitido ao vivo para todo o Brasil e está disponível no site www.nacaoagro.com.br e no YouTube do Canal Rural. Os palestrantes apresentaram e debateram temas sobre agregação de valor e indicação geográfica.
“Antes da pandemia, o Nação Agro era um evento itinerante que percorria os municípios do interior de São Paulo, levando discussões de muitos assuntos do agronegócio”, explica Haley Silva, diretor da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Pindamonhangaba, que abordou o tema “Agregação de valor à produção agropecuária”.
De acordo com o gestor, diversas estratégias podem contribuir para incrementar o valor percebido pelo produtor, todas elas levam a uma tendência para expansão do agronegócio.
Júlia Guaragna, consultora de negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de São José dos Campos, e Gustavo Zapata, consultor de negócios do Uruguai, foram os outros palestrantes convidados do evento.
Segundo a palestrante do Sebrae, o registro de Identificação Geográfica pode agregar valor ao produto na hora da comercialização, devido à indicação de procedência ou denominação de origem. “No caso da identificação do local de origem, é uma forma de valorizar a região produtora”, destacou Júlia, que tem trabalhado para conseguir a Indicação Geográfica do mel do Vale do Paraíba.
Gestão compartilhada
O estudo surgiu durante o trabalho conjunto de diferentes entidades no Arranjo Produtivo Local (APL) de Apicultura Sustentável do Vale do Paraíba, em uma gestão compartilhada do projeto com o grupo gestor composto pelo Sebrae-SP, Centro de Estudos Apícolas (CEA) da Universidade de Taubaté (Unitau), Cooperativa Agropecuária do Vale do Paraíba (Coapvale), Suzano Celulose e CDRS, além de prefeituras municipais.
“O APL do Vale do Paraíba foi reconhecido oficialmente em 2013 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo. O projeto conseguiu bons resultados em inovação, cooperativismo, associativismo e acesso ao mercado; e, de lá para cá, várias ações já foram executadas”, explica Haley Silva.
O consultor uruguaio Gustavo Zapata, especializado no setor de apicultura, considera o Vale do Paraíba uma região com todas as condições para se tornar um importante polo apícola do País. “Embora ainda sejam necessários mais planejamento, organização e gerenciamento na busca por melhoria da qualidade do produto”, frisou. O consultor destacou o trabalho participativo do APL reunindo os apicultores, as entidades públicas e privadas, a consultoria técnica e as associações e cooperativas.
