Secretaria da Saúde quer triplicar o uso do preservativo

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sex, 08/06/2001 - 18h17 | Do Portal do Governo

O Ministério da Saúde quer triplicar o consumo de preservativos no País no período de um ano, adotando medidas que permitam uma redução significativa no preço da camisinha no varejo. O anúncio foi feito pelo Coordenador Nacional de DST e AIDS, Paulo Teixeira, durante o lançamento da campanha de prevenção à Aids para o Dia dos Namorados, que aconteceu nesta sexta-feira, dia 8, em São Paulo.

Segundo Paulo Teixeira, no 2º semestre deste ano, será lançado o Marketing Social do preservativo quando o governo anuncia uma série de medidas para facilitar a importação de camisinha e estimular a produção nacional.

Além disso, o Ministério da Saúde quer ampliar os postos de venda de preservativo, hoje restritos as farmácias e drogarias.

O objetivo do Ministério da Saúde é que os preservativos possam ser comprados em bancas de jornais, bares e restaurantes, lojas de conveniência e outros lugares de grande circulação.

Hoje os brasileiros consomem 600 milhões de preservativos por ano, mas a meta do Ministério da Saúde é que o consumo chegue a quase 2 bilhões de unidades.

Paulo Teixeira reconhece que o preço da camisinha – em torno de 30 a 50 centavos a unidade – é hoje um dos principais empecilhos para o acesso da população ao preservativo. As medidas do governo segundo ele, vão permitir uma redução para 20 a 25 centavos o preço da camisinha.

Na próxima semana, o Ministério da Saúde publica uma portaria com regras que vão permitir a venda avulsa de preservativos.

A Campanha de Prevenção à Aids para o Dia dos Namorados lançada hoje em São Paulo é uma parceria do Ministério da Saúde com o Conselho Empresarial Nacional em HIV e AIDS, e vai distribuir em todo o país 800 mil cartões
postais e 800 mil preservativos.

O objetivo da campanha é sensibilizar os namorados sobre a importância da prevenção à aids mesmo nas relações
estáveis.

A Campanha vai alcançar prioritariamente a população heterossexual – que responde hoje por 43,5 % dos novos casos de aids no país – em especial as mulheres já que AIDS vem crescendo nove vezes mais em mulheres do que em homens nos últimos cinco anos.