São Paulo ultrapassa 1,1 milhão de exames de COVID-19 e lança Placar de Testes

Coletiva: nos últimos dois meses, balanço cresceu 500% e proporção de testagem a cada 100 mil habitantes no estado se aproxima à da Alemanha

qui, 16/07/2020 - 9h24 | Do Portal do Governo

* Atualizado às 14h20.

resumo em 3 tópicos

  • SP já realizou mais de 1,1 milhão de exames para diagnóstico do novo coronavírus
  • Placar de Testes do Governo totaliza 1.158.851 testes realizados até o dia 30 de junho
  • Balanço revela aumento de 514% no volume de testagem, desde abril, com crescimento mensal e gradativo

O Estado de São Paulo já realizou mais de 1,1 milhão de exames para diagnóstico do novo coronavírus. O balanço inédito foi apresentado na coletiva de imprensa desta quinta-feira (16), com o lançamento do Placar de Testes do Governo de SP.

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O levantamento totaliza 1.158.851 testes realizados até o dia 30 de junho e mostra um aumento de 514% no volume de testagem, desde abril, com crescimento mensal e gradativo.  Em março, foram 26 mil; em abril, quadruplicou, chegando a 108 mil; em maio chegou a 361 mil, mais que o triplo em comparação ao mês anterior; por fim, em junho, novamente foi dobrada a capacidade, chegando a 663 mil testes no mês passado.

Coletiva da Saúde. 16/07/202

Em julho, na primeira semana epidemiológica (entre os dias 5 e 11), foram 128 mil testes. Os números são resultados das iniciativas de ampliação da testagem na rede pública de saúde e do monitoramento da rede privada, congregando informações.

“Em dois meses, aumentamos a capacidade de testagem em mais de 500%. O balanço de julho nos aproxima de 45 a 50 testes a cada 100 mil habitantes e isto nos coloca no patamar de referencia da Alemanha, mas com adaptações e ferramentas para a nossa realidade. Nossa meta é que São Paulo seja referência no Brasil e no mundo. Em julho temos o trabalho de manter e em agosto expandir a expectativa, melhorar e modernizar a estratégia de monitoramento e isolamento de casos para combater a pandemia”, afirmou a Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Ela destacou ainda as medidas de incentivo à testagem, como o Selo de Testagem cedido às empresas, a Resolução que estipulou a obrigatoriedade de reportar números de testes realizados e as ferramentas de monitoramento desenvolvidas para contribuir com as atividades de Vigilância.
O balanço apresenta ainda a proporção dos tipos de testes utilizados.

Ainda em março, havia apenas diagnóstico por RT-PCR (transcriptase polimerase). A partir de abril, os testes rápidos passam a ser utilizados com maior ênfase, respondendo por 17% do total de exames naquele mês. Em maio, o percentual saltou para 33% e, em junho, chegou a 34%. No início de julho, a proporção é de 43%.

Diariamente, o Governo de SP já divulga, nas coletivas, a proporção dos tipos de testes entre o total de casos confirmados. Dos 402.048 diagnósticos positivos de COVID-19 em SP, 281.512 foram do tipo PCR, 113.618 testes rápidos e 6.907 por outros métodos. Considerando apenas os casos confirmados desde ontem (8.872), foram 5.287 de PCR, 3.244 rápidos e 341 por outros métodos.

“O teste é uma ferramenta fundamental para enfrentarmos a pandemia. Por meio dele, conseguimos identificar a pessoa infectada e auxiliar nas ações de vigilância, incluindo a indicação da quarentena para a pessoa infectada e seus contactantes. Assim, não apenas reduzimos a propagação do coronavírus, como também reunimos elementos contribuem para a definição das medidas de retomada gradual das atividades de forma consciente e segura, sempre com o foco de salvar vidas”, disse o Secretário Executivo de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano.

No Estado de São Paulo, o enfrentamento da pandemia é multifatorial, aliando estratégias de monitoramento da capacidade hospitalar, da evolução da pandemia quanto aos casos, óbitos e internações, além do fortalecimento da testagem e monitoramento de contatos.

A testagem em massa é um dos mecanismos mais importantes para reduzir a velocidade de contágio do coronavírus. Assim que o paciente é diagnosticado como caso positivo, ele é isolado e também há monitoramento das pessoas com quem teve contato, permitindo a checagem de novos casos suspeitos com o surgimento de sintomas como tosse seca, febre e falta de ar.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que coordena a Plataforma de Diagnóstico de Coronavírus em SP, enfatizou o diferencial da testagem no Estado de São Paulo: “Não é a mesma estratégia da Coreia, da Itália e dos Estados Unidos. É uma estratégia que estamos desenvolvendo aqui no nosso país, onde temos favelas, aldeias indígenas, quilombolas, onde precisamos estar presente com o nosso sistema de saúde. Sob a liderança do nosso Governador, temos feito isso de forma exemplar, dia a dia. Estamos trabalhando incansavelmente na saúde. Vamos aumentar, melhorar a capacidade de aplicação de testes. que fazem parte de uma estratégia muito maior de combate à epidemia”, disse Covas.

Os exames do tipo RT-PCR ( Transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase) servem para confirmar se a pessoa está infectada, sendo indicado até o sétimo dia de sintomas gripais). Já os testes rápidos permitem identificar se o paciente já foi contaminado no passado e passou a possuir anticorpos contra o coronavírus, com recomendação de uso após o oitavo dia de sintoma ou para pessoas assintomáticas.

O Placar de Testes do Governo de SP será publicado e atualizado periodicamente na página oficial do SIMI-SP: https://www.saopaulo.sp.gov.br/planosp/simi/.