Secretaria da Justiça comemora dois anos de CIC Feitiço da Vila com Sabadania

Foram 4.817 atendimentos durante todo o dia de evento, conhecido como Sabadania

seg, 17/03/2008 - 21h26 | Do Portal do Governo

A Secretaria da Justiça, por intermédio do Centro de Integração da Cidadania (CIC), comemorou no sábado o segundo aniversário do posto fixo Feitiço da Vila, com diversas atividades e serviços gratuitos para a comunidade. Foram 4.817 atendimentos durante todo o dia de evento, conhecido como Sabadania.

“O Sabadania tem um caráter festivo, por ser o aniversário do pacto entre Estado e comunidade, portanto é importante fortalecermos o espírito da festividade e celebrarmos essa conjunção de intenções e serviços”, diz o coordenador estadual do CIC, Eduardo de Lima Caldas.

O prédio do posto fixo do Feitiço da Vila foi dividido para organizar os serviços oferecidos para a festa de aniversário. No segundo andar, a população teve acesso às orientações médicas com clínico geral, alimentação saudável e diabetes, além dos testes de glicemia, visão e o já famoso serviço de aferição de pressão arterial. Um andar bastante freqüentado pela comunidade, que queria aproveitar a para fazer um check-up gratuito. Já no térreo, a população teve orientação odontológica.

Para educação de consumo, as técnicas de defesa do consumidor, da Fundação Procon-SP, Leda Costa e Adavilma Torres, apresentaram o teatro de fantoches com enfoque na alimentação saudável e embalagens de alimentos. Leda explica que a atividade é focada para o público infantil, crianças de 4 a 12 anos, mas sempre é bom que os pais também assistam à peça. O teatro faz parte de um projeto entre fundação e CIC sobre alimentação saudável.

No pólo da cultura, o Sabadania teve um dia bem agitado com apresentações de teatro, grupo de danças e torneios de xadrez. O grupo Chapeuzinho Vermelho emocionou com sua peça em língua de sinais, a professora do Libras (Língua Brasileira de Sinais), Kelly Melo de Matos, possui dois grupos com aulas de 2ª e 6ª feiras e se orgulha do resultado do curso. “A maioria tem interesse por conta da necessidade, mas muitos têm curiosidade mesmo de aprender, é muito gratificante ver as pessoas com preocupações sociais como essa”, afirma.

Xadrez

A oficina de xadrez foi a sensação do Sabadania. O instrutor do curso, Davi Batista Santos, comenta os últimos resultados de seus alunos com orgulho e pede mais incentivo de autoridades para que mais jovens da comunidade possam aprender esse jogo, que exige, acima de tudo, lógica e raciocínio. “Nossa oficina tem um diferencial do qual eu me orgulho. A maioria das oficinas de xadrez da região ensina a mexer as peças, nós aqui ensinamos a pensar o xadrez”, conta.

O instrutor diz que falta muito para proporcionar um curso completo, e espera que município e estado entendam a importância de oficinas como essa, que incentiva o xadrez, tirando os jovens das ruas e do vício. “Falta um pouco mais de incentivo, mas eu acredito que isso ocorra neste ano. O Rodrigo, por exemplo, não teve um melhor resultado no torneio do CEU Casa Blanca porque não tinha intimidade com o relógio, se tivéssemos o aparelho para treinar nossos alunos, poderíamos ter voltado para cá com uma classificação melhor.”

Os resultados apontados por Santos são bem positivos, um terceiro lugar no torneio de xadrez da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) e uma participação marcante no torneio do CEU Casa Blanca, em que Rodrigo Fernandes da Silva, 16 anos, ganhou três partidas em seis, na final do campeonato, que ocorreu no Pacaembu, em 2007. “No torneio do CEU Casa Blanca, eu não ganhei medalha, pois eram muitos competidores, mais de 200, mas o que eu conquistei foi graças à oficina aqui. Começou com uma brincadeira, mas eu adorei jogar xadrez”, comenta orgulhoso o adolescente.

Mesmo com as dificuldades, o curso consegue ajuda da comunidade em uma nova forma de entretenimento, de acordo com Santos. “A primeira leva de alunos que a gente fez aqui saiu e já montou um projeto no Jorge Americano. Eles dão aula nas horas vagas, ou seja, o trabalho da oficina já foi multiplicado. Assim como outros alunos vem aqui com o objetivo de aprender xadrez para poder ensinar em outras oficinas de outros lugares. Com força de vontade e uma boa apostila, o trabalho é bem feito e a idéia do xadrez se espalha na comunidade”, finaliza o instrutor.

Da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania

C.M.