Na noite da última segunda-feira, 14, a Secretaria de Justiça recebeu um grupo de refugiados da Guiné Bissau. O grupo composto de cinco homens procurou a entidade em busca de abrigo. Eles têm histórico de perseguição militar na família. Essa situação não é tão incomum.
De janeiro até agora foram registrados mais de 400 pedidos de refúgio. Recentemente, a Secretaria da Justiça reativou o Comitê Estadual para Refugiados, presidido pela secretária Eloisa Arruda, que trabalhou em missões da ONU no Timor Leste e em Angola.
“Existe uma população de refugiados que fica numa situação de vulnerabilidade, por causa do idioma e não tem para onde ir. A habitação e a questão do idioma são onde eles mais encontram dificuldades ao chegar”, afirmou Eloisa.
Em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo e a Pastoral do Imigrante, os refugiados são recebidos e encaminhados para que a documentação necessária seja emitida. A Secretaria ainda elaborou, com a PUC, por meio da Cátedra Sergio Vieira de Mello, uma cartilha que esclarece para o refugiado como fazer o pedido de refúgio, seus direitos e deveres civis e a atuação do comitê estadual de São Paulo.
“Quando chegam, eles criam vínculos, até casam, e podem até pedir a nacionalidade. A maioria quer permanecer, pois a situação é difícil nesses países. Não tem infraestrutura e não tem trabalho”, conclui Eloisa que ressaltou também que o Comitê busca congregar ações que existem e romper alguns atendimentos burocráticos.
Do Portal do Governo do Estado