A Secretaria Estadual de Educação emitiu nota sobre a decisão da assembléia realizada na tarde desta sexta-feira, 14, em que foi rejeitada a proposta de greve dos profissionais da educação. Para a Secretaria, “a greve prejudicaria gravemente a educação das crianças e jovens do Estado”.
A nota destaca o esforço do governo na valorização profissional dos professores. Entre as principais medidas anunciadas pelo Estado em 23 de agosto está a antecipação do pagamento de parte do bônus no valor de R$ 1.200 para professores com jornada de 30 horas por semana. A antecipação será feita em quatro parcelas de R$ 300 para os professores que cumprem essa jornada e o primeiro pagamento será feito já em outubro.
As medidas anunciadas incluem ainda a incorporação de gratificações aos salários (o que beneficia aposentados), pagamento em dinheiro de um mês da licença-prêmio, novos concursos e gratificações. O salário inicial de um professor que trabalha meio período, com jornada semanal de 24 horas, na primeira à quarta séries, é R$ 915,50. Se o professor tem nível superior (e 85% dos professores de primeira à quarta séries têm graduação universitária), o salário inicial é de R$ 1.036,61. Já o salário médio dos professores dessas séries é R$ 1.528,05, por 24 horas de jornada, sem considerar o bônus, que é de pelo menos R$ 1.200 por ano. O pacote de medidas custará R$ 660,6 milhões por ano, cerca de 7,7% da folha de pagamentos da Secretaria da Educação.
Além da valorização dos profissionais, o governo estabeleceu dez metas para a educação. Com medidas concretas já anunciadas, São Paulo vai trabalhar para ter todas as crianças de oito anos alfabetizadas até 2010, assim como serão oferecidas diversas opções profissionalizantes no Ensino Médio. “A participação dos professores e demais profissionais da educação é fundamental para que seja atingido o objetivo de melhorar o aprendizado das crianças e jovens do Estado”, diz a nota da Secretaria.
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(R.A.)
