Há cinco anos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) realizou inquérito nacional com 80 mil pessoas e detectou colesterol elevado em 40% delas. “A maioria desconhecia o problema de saúde. Hoje, grande parte das pessoas só procuram as unidades básicas de saúde (UBS), que atendem 75% dos brasileiros, quando sentem sintomas ou adoecem. O médico é eficiente na prevenção. Depois que ocorre a doença cardiovascular, ele trata o que sobrou. Vinte por cento dos pacientes que sofrem infarto morrem no primeiro episódio”, alerta o médico Carlos Alberto Machado, diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular, da SBC.
Ele recomenda que a população invista na prevenção e consulte o médico uma vez por ano para realizar exames de glicemia, colesterol, triglicérides. Importante também é seguir as recomendações preventivas – largar o cigarro e realizar atividades físicas. “Oitenta por cento da população mundial vive nos centros urbanos. E, muitas dessas pessoas, além de não se exercitarem, consomem produtos industrializados, o que ocasionará problemas de saúde futuros”, frisa o cardiologista.
Em setembro de 2011, a ONU reuniu representantes de diversos países a fim de discutir estratégias para diminuir mortes por doenças crônicas. “A meta é reduzir os óbitos em 2% ao ano até 2022”, informa Machado, que participou da elaboração do documento o qual prevê as ações brasileiras. “No Brasil, houve avanço no controle do tabagismo, diminuição do sal nos alimentos e merenda escolar mais nutritiva. Um de nossos objetivos é reduzir o sobrepeso das crianças e adolescentes. É mais fácil incutir estilo saudável de vida em crianças do que em adultos”, pondera.
Da Agência Imprensa Oficial
