Guia do HPV está na internet

Para ajudar na prevenção ao contágio dos vírus do HPV, maior ocorrência entre as doenças sexualmente transmissíveis, especialistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças Associadas ao Papilomavírus […]

qua, 25/07/2012 - 11h12 | Do Portal do Governo

Para ajudar na prevenção ao contágio dos vírus do HPV, maior ocorrência entre as doenças sexualmente transmissíveis, especialistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças Associadas ao Papilomavírus (INCT-HPV) lançaram guia acessível pela internet. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenado pela especialista Luisa Lina Villa, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o Guia do HPV apresenta vários esclarecimentos sobre os papilomavírus ainda pouco conhecidos.

Segundo a coordenadora, os textos foram reunidos originalmente para servir de material de consulta para jornalistas participantes de workshop promovido pelo instituto do HPV, em junho, na Santa Casa de São Paulo. “Agora estamos dando divulgação mais ampla, pois essas informações podem ser úteis para outros grupos, principalmente para estudantes de pós-graduação, graduação e nível médio. Pode, ainda, auxiliar os pais a entender como agem as vacinas e quais as outras formas de prevenção existentes, já que a imunização ainda não está disponível na rede pública”, diz.

As principais vítimas das doenças decorrentes do HPV são as mulheres. Dados da Organização Mundial de Saúde de 2008 apontam que 500 mil mulheres no mundo são diagnosticadas todos os anos com infecções causadas por esses vírus, das quais cerca de 270 mil vão a óbito. Para Luisa Lina Villa, mesmo existindo tratamento para as doenças decorrentes da infecção, a prevenção é o ideal.

Proteja-se

A especialista explica que as verrugas genitais provocadas pelo HPV geram desconforto muito grande, além de sintomas psicológicos como vergonha e culpa, e exigem tratamento prolongado, muitas vezes doloroso. Ressalta a agressividade do tratamento, que pode interferir na fertilidade da mulher, e o risco de as lesões provocarem um câncer.

Para ela, o primeiro passo para a prevenção é justamente conhecer as doenças causadas pelo HPV. Entre mais de uma centena de tipos diferentes do vírus, de 30 a 40 podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando doenças como verrugas genitais, cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis. Além disso, podem desencadear tumores benignos e malignos na garganta. “Muitas vezes, a infecção é assintomática e as pessoas nem ficam sabendo que estão contaminadas, mas podem transmitir o vírus. Muitos também confundem o HPV com o vírus da hepatite ou com o HIV”, avisa.

O vírus se instala na pele ou em mucosas e pode ser transmitido em qualquer tipo de contato com a área genital de uma pessoa infectada. Embora seja raro, pode propagar-se também pelo contato com mão, pele, objetos, toalhas, roupas íntimas e até pelo vaso sanitário. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, mas não garante segurança.

Da Agência Imprensa Oficial e Agência Fapesp