Saúde: Transplantes de órgãos têm 2º melhor ano da história

Dados da Secretaria de Estado da Saúde ainda apontam recorde no número de transplantes de córneas em 2005

qua, 18/01/2006 - 14h21 | Do Portal do Governo

O ano de 2005 foi o segundo melhor da história no Estado de São Paulo com relação a transplantes de órgãos. Já os transplantes de córneas, consideradas tecidos, tiveram seu melhor ano de todos os tempos. Os dois resultados são apontados pela Secretaria de Estado da Saúde, que acaba de fechar balanço sobre doações.

         De janeiro a dezembro do ano passado foram realizados no Estado 1.074 transplantes de órgãos, número inferior apenas a 2004, com 1.330 cirurgias, mas acima de todos os outros anos desde julho de 1997, quando a Central de Transplantes do Estado foi criada.

         Em 2003 foram 1.059 transplantes, contra 913 em 2002, 938 em 2001, 887 em 2000, 719 em 1999 e 594 em 1998, primeira vez em que o número de cirurgias foi contabilizado durante o ano todo.

         Já o número de transplantes de córneas em 2005 chegou a 4.624, o que representa aumento de 35,8% em relação a 2004, quando foram realizadas 3.404 cirurgias. Foi o melhor resultado desde a criação da Central.

O universo de doadores de córnea é maior porque o tecido pode ser retirado mesmo após parada cardíaca do paciente, diferentemente do que acontece no caso dos órgãos, que só podem ser aproveitados para transplante em caso de morte encefálica, mas com o coração do potencial doador ainda batendo.

A Secretaria vem incentivando constantemente a doação de órgãos e tecidos. Cerca de 40 mil veículos da frota do governo do Estado que circulam nas ruas receberam adesivos com a frase “Incentive a doação de órgãos”. Metade dos adesivos foi destinada a carros da Polícia, que são vistos regularmente pela população, em todo o Estado.

“A conscientização das pessoas sobre a importância da doação é um trabalho constante. É fundamental esclarecer que somente os familiares podem autorizar, ou não, a doação de órgãos ou tecidos para transplante”, afirma o coordenador da Central de Transplantes do Estado, Luiz Augusto Pereira.