Saúde: Secretaria esclarece mitos da doação de órgãos em campanha nas estradas de São Paulo

Recibos de pedágio de rodovias que ligam região de Campinas ao Circuito das Águas e o Sul de Minas têm no verso informações

sáb, 05/08/2006 - 20h35 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde e a Renovias, concessionária que administra cinco estradas ligando a região de Campinas com o Circuito das Águas e o Sul de Minas, começaram nesta semana uma campanha de esclarecimento à população sobre os principais mitos da doação de órgãos e tecidos. Recibos de pedágio em rodovias do interior paulista trarão no verso informações sobre o tema.

Com o tema “A Vida ComVida”, serão distribuídos durante a campanha material nas praças de pedágio de Jaguariúna, Estiva Gerbi e Espírito Santo do Pinhal, que respondem por 65% dos recibos emitidos pela concessionária.

Quem receber os cupons ficará sabendo, por exemplo, que é absolutamente falso imaginar que os médicos deixarão de se empenhar pela cura de um paciente caso saibam que ele é um potencial doador. Isso porque a equipe que diagnostica a morte encefálica não é a mesma que realiza o transplante. Há famílias que não autorizam a doação de órgãos em razão de informações equivocadas como essa.

Além dos recibos, o usuário que passar por essas rodovias poderá observar faixas-banner com a foto da madrinha da campanha, a atriz Glória Pires, e mensagens de incentivo à doação de órgãos.

“É muito importante que a população tenha acesso às principais informações sobre doação e transplante de órgãos, sabendo o que é fato e o que é mito. Somente assim as famílias terão a compreensão do processo, o que certamente contribuirá para aumentar ainda mais o número de pacientes transplantados”, afirma o coordenador da Central de Transplantes do Estado, Luiz Augusto Pereira.

Balanço da Secretaria apontou que o número de transplantes de órgãos voltou a crescer no Estado. De janeiro a junho foram realizadas 555 cirurgias, 5% a mais do que no ano passado, com 529. Já os transplantes de córneas (consideradas tecidos) chegaram a resultados extremamente positivos, com 2.574 cirurgias, crescimento de 13,5% em relação ao primeiro semestre de 2005 e 55% na comparação ao mesmo período de 2004. Pode ser considerado o melhor semestre da história.

Da Secretaria da Saúde