Saúde: Secretaria define Hospital de Base comunidade-sentinela contra gripe aviária

Haverá oito postos dedicados à avaliação de casos por todo o Estado, com início de funcionamento já em abril

seg, 20/03/2006 - 11h11 | Do Portal do Governo

Haverá oito postos dedicados à avaliação de casos portodo o Estado, com início de funcionamento já em abril

A Secretaria de Estado da Saúde definiu que o Estado terá oito unidades sentinela contra a gripe aviária. Uma delas será em São José do Rio Preto, mais especificamente no Hospital de Base. Já em abril estes postos estarão de prontidão para identificar um possível caso suspeito de gripe aviária, comunicando imediatamente o fato às autoridades de saúde. A distribuição da Secretaria segue a localização e capacidade de centros de saúde.

Com duas unidades-sentinela já instaladas na capital, nos hospitais Menino Jesus e José Storopolli, a Secretaria decidiu implantar postos em Santos (Pronto-Socorro Zona Leste), Campinas (Hospital das Clínicas de Campinas), Ribeirão Preto (Centro de Saúde Escola), Guarulhos (Hospital Estadual de Guarulhos) e São José do Rio preto (Hospital de Base). O Instituto de Infectologia Emílio Ribas (na capital), referência para toda a América Latina em infectologia, também terá uma unidade sentinela.

As unidades sentinela monitoram constantemente os vírus de gripe em circulação e são os responsáveis pela coleta de até 10 amostras semanais, de pacientes com sintomas da doença, para a realização de exames virológicos no Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria. Agora estão atentos à gripe aviária.

Em 23 e 24 de março os funcionários das unidades-sentinela serão treinados para trabalho com o vírus da gripe aviária. “Nessas unidades, incluindo a do Hospital de Base, sempre haverá equipes capacitadas para colher secreções nasais dos pacientes, visando identificar o tipo de vírus causador da gripe”, explica o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Ações

O governo do Estado de São Paulo lançou um conjunto de ações preventivas para evitar que uma epidemia da gripe aviária chegue ao Estado, bem como para conter uma eventual pandemia de gripe. O investimento previsto é de R$ 2 milhões.

No fim do ano passado, além de já ter colocado toda a vigilância epidemiológica estadual em alerta, foi deflagrado um esquema de capacitação e orientação dos profissionais de saúde dos 645 municípios paulistas. O objetivo é aumentar a vigilância, assim como foi feito em 2003, quando foram detectados casos suspeitos de pneumonia atípica (Sars) no Estado, os primeiros da América Latina.

Uma força-tarefa, composta por um time de especialistas em saúde pública do Estado, alguns entre os mais conceituados do Brasil, sob a coordenação da Secretaria, foi recrutado para acompanhamento permanente das ações do plano. O Instituto Butantan, órgão estadual, se prepara para começar a produzir experimentalmente a primeira vacina contra a gripe aviária para humanos da América Latina.

“A gripe aviária ainda não se expandiu além de países da Europa, e não há registros confirmados de transmissão do vírus entre humanos. Portanto, não há qualquer motivo para pânico. O Estado de São Paulo sai na frente, adotando medidas cautelares para garantir segurança e tranqüilizar a população”, diz o secretário Barradas Barata.

Secretaria de Estado da Saúde