Saúde: Secretaria alerta para o risco de acidentes com cobras e escorpiões nas férias

Neste período que são registrados cerca de 30% dos acidentes com estes animais em todo o ano

qui, 05/01/2006 - 10h14 | Do Portal do Governo

 A Secretaria de Estado da Saúde resolveu alertar a população sobre o risco de acidentes com cobras, aranhas, escorpiões e taturanas nas férias. É neste período que são registrados cerca de 30% dos acidentes com estes animais em todo o ano.

Dos 8.057 casos ocorridos em 2005 no Estado, quase a metade – 3.838 casos – foram provocados por picada de escorpião. Aranhas (2.207 casos) e serpentes (1.563) dividem com os escorpiões o ranking de animais peçonhentos que provocam mais acidentes. A procura por animais peçonhentos, assim como sua captura, é de responsabilidade de cada município, com auxílio do Estado.

Cuidados contra estes animais precisam ser tomados principalmente por quem viaja e procura matas para lazer. Ao caminhar é importante estar com um calçado adequado, como botas, e evitar os períodos de amanhecer e entardecer do dia, quando as cobras procuram alimentos. Também é importante manter atenção ao recolher gravetos e subir em árvores, já que os animais buscam abrigo e se “escondem” nestes locais. No caso de ferimento, não se deve amarrar o membro, já que essa ação pode produzir necrose e não evita absorção do veneno.

No Hospital Estadual Vital Brasil, referência para atendimento e capacitação de profissionais em todo o Brasil, foram registrados 1.764 atendimentos no ano passado_ somente de janeiro a março foram cerca de 550 destes. O Instituto Butantan, órgão da Secretaria, cuida de casos de picadas e ferroadas e até orienta por telefone (11 – 3726.7962, 24h por dia) como proceder em caso de emergência, indicando o local mais próximo para atendimento. Na capital, o Hospital Vital Brasil atende as ocorrências.

Caso ocorra algum acidente com cobra, a primeira medida é lavar o local afetado com bastante água e sabão e procurar o serviço de saúde mais próximo para melhor avaliação do ferimento. Não se deve amarrar, cortar ou chupar a ferida com a intenção de sugar o veneno. Isso pode piorar a situação da vítima.

No caso de ferroada de escorpião, a medida é colocar sobre a ferida compressas de água morna, até a chegada de médicos. Para picadas de aranhas e queimaduras de taturanas é importante não mexer no ferimento.