Saúde: São Paulo registrou em 2005 menor índice de rubéola da história

Campanhas de imunização foram responsáveis pela grande redução do número de casos

ter, 24/01/2006 - 12h29 | Do Portal do Governo

Campanhas de imunização em crianças e em mulheres em idade fértil foram responsáveis pela grande redução do número de casos

O Estado de São Paulo registrou no ano passado o menor índice de rubéola da sua história. Foram apenas 27 casos da doença. Segundo balanço da Secretaria da Saúde, que adotou drástica política de controle, esse número representa apenas 1% do total de 2000, quando os 645 municípios paulistas registraram 2.566 casos. Desde então, o total de pessoas que contraíram a moléstia vem caindo. Em 2001, foram 1.490; em 2002, 258; em 2003, 179 e em 2004, 129.

O principal motivo para a diminuição foi a campanha de vacinação realizada pela secretaria em novembro de 2001, para mulheres com idades entre 15 e 29 anos (4,8 milhões foram vacinadas). Essa é a faixa etária mais atingida pela doença. No ano seguinte, foi possível perceber os efeitos dessa imunização, com a queda registrada de 82,7% nos casos.

A rubéola é normalmente uma doença benigna, que não deixa seqüelas. Em mulheres grávidas, porém, pode causar aborto. Se o bebê nascer, pode apresentar problemas como cegueira, surdez e retardo mental, característicos da Síndrome da Rubéola Congênita. Por essa razão foram priorizadas as mulheres na vacinação.Vacina SCR – Desde 1992 os postos do País imunizam crianças com a vacina SCR, contra o sarampo, caxumba e rubéola. A primeira dose é com um ano de idade. A segunda, entre quatro e cinco anos. Mulheres em idade fértil também podem tomar a vacina. As crianças nascidas a partir desse ano ficaram protegidas, mas em 2001 houve grande contingente de adultos suscetíveis, ou seja, que não tinham sido vacinados e pegaram a doença.

Para manter o controle da doença, a secretaria oferece a vacina contra a rubéola em postos de saúde. A orientação para as mães é que, quando levarem o filho para tomar a primeira vacina do calendário, recebam, elas próprias, a vacina SCR.

A rubéola é contagiosa e causada por vírus. A transmissão é feita de pessoa a pessoa pela via respiratória. O período de incubação pode ser de até 20 dias e os sintomas mais freqüentes são febre, manchas vermelhas e ínguas no pescoço e nuca. Há casos que podem não apresentar os sintomas e a doença passar despercebida.

Da Secretaria da Saúde