Saúde proíbe venda do antiinflamatório Prexige no Estado

Reações adversas graves ao medicamento da Novartis determinaram interdição

sex, 18/07/2008 - 12h25 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), decidiu proibir a venda e a distribuição do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do laboratório Novartis, em todo o Estado de São Paulo.  A medida é válida por 90 dias.

De 2005 a 2007 o CVS recebeu 609 notificações de reações adversas previstas e não previstas na bula do medicamento, das quais 147 foram consideradas graves, como infarto, arritmia, hepatite, hemorragias, pancreatite, edema de glote, insuficiência renal, broncoespasmos e choque anafilático. Do total de notificações, 608 foram feitas pelo próprio laboratório, que é obrigado a relatar reações adversas comunicadas pelos consumidores.

Em outubro de 2007 a Secretaria, com base nas notificações recebidas, sugeriu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o cancelamento do produto em todo o país. Um relatório sobre as reações adversas foi encaminhado ao órgão federal, que ainda não decidiu pela interdição em nível nacional.

O CVS irá comunicar as vigilâncias sanitárias municipais, que são responsáveis pela fiscalização de farmácias e drogarias, sobre a proibição. Também serão informadas as entidades de classe ligadas as áreas de medicina, enfermagem e farmácia, além do próprio laboratório, que deverá providenciar o recolhimento do produto no mercado.

O Prexige vem sendo proibido em diversos países, como Canadá, Reino Unido, Argentina e Austrália, dentre outros, em razão de reações adversas relatadas por consumidores.

Da Secretaria da Saúde

(M.C.)