Saúde: Novo sistema de agendamento do Hospital das Clínicas amplia atendimento em 50%

Marcação direciona casos de média complexidade aos ambulatórios estaduais; média de consultas/dia do HC saltou de 172 para 258

qua, 23/08/2006 - 8h25 | Do Portal do Governo

A mudança no sistema de marcação de consultas do Hospital das Clínicas de São Paulo beneficiou os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital. De 1o de agosto de 2005 a julho deste ano, o telefone de atendimento (antes destinado apenas ao agendamento de especialistas no próprio HC), registrou cerca de 68 mil novas consultas nos 13 ambulatórios estaduais. Essa pesquisa da Secretaria da Saúde avaliou o primeiro ano da mudança. A média de 258 consultas por dia no HC representa 50% a mais que as 172 que o hospital conseguia agendar diariamente antes da transformação. As novas consultas redirecionadas para os ambulatórios estaduais se referem a casos de média complexidade.

Esses pacientes não necessitam de atendimento especializado de um hospital de nível terciário como o HC, que assiste a casos mais graves, encaminhados pelos ambulatórios estaduais. O tempo para a realização da consulta também foi reduzido. Os doentes agendados hoje serão atendidos nos ambulatórios estaduais em no máximo 30 dias. No ambulatório do HC esse tempo era de até três meses. Os ambulatórios estaduais encaminharam, nesse mesmo período, 13,2 mil pacientes para atendimento terciário no Hospital das Clínicas.

Outras adesões

Com a mudança bem-sucedida no Instituto Central (o maior do hospital), o Instituto de Ortopedia do HC também alterou seu sistema de marcação no mês passado. O novo agendamento será adotado em breve no Instituto do Coração (InCor). Modelo semelhante foi desenvolvido em 2004 pelo HC da Unicamp, em Campinas, que reorganizou o atendimento no pronto-socorro e ambulatório. Foi estabelecido programa de triagem denominado “classificação de risco” e deu-se prioridade às urgências médicas. Com isso, o HC de Campinas direcionou mais verbas para os procedimentos considerados estratégicos, como transplantes, cirurgias de obesidade mórbida e oncologia.

Da Secretaria da Saúde

J.C.