O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), acaba de construir um novo prédio, onde funcionará o Centro de Oncologia do Instituto de Radiologia (InRad). De acordo com Ricardo Renzo Brentani, professor da disciplina de Oncologia da FMUSP, espera-se que o novo centro comece a funcionar em junho, apesar de ainda não existir uma data confirmada. Para tanto ainda são necessárias a aquisição de algumas mobílias e a contratação de mais 12 funcionários que será feita pela Fundação Faculdade de Medicina.
A iniciativa de criar o Centro de Oncologia surgiu da inadequação das instalações que o HC dispõe para atendimento de seus pacientes com câncer. Atualmente o tratamento é feito em dois prédios: um na Rebouças e outro que fica no próprio hospital. “Com o objetivo de concentrar todos os procedimentos num só lugar surgiu o desejo do novo prédio”, afirma Brentani.
Apesar do novo prédio, os outros locais vão continuar atendendo a essa especialidade, só que no da Rebouças não vai funcionar mais o laboratório de quimioterapia. “Queremos uma unidade mais amigável e confortável para o usuário. Temos que tratar bem o doente dependendo do SUS ou não”, afirma o médico.
O investimento no novo prédio foi de R$ 7,2 milhões. Serão três andares, distribuídos por 2,5 mil metros quadrados. A quantidade de novos pacientes, por mês, passará de 170 para 250. Já o número de leitos será ampliado de seis para 20. E também haverá o dobro de consultórios exclusivos para o atendimento ao paciente com câncer.
O número de sessões de quimioterapia também terá um salto importante: de 1.700 para três mil por mês. O paciente poderá optar se deseja fazer as sessões em salas individuais ou coletivas. “O nosso limite é atender até três mil pacientes por mês, mas somos conscientes que o número de doentes de câncer aumenta a cada dia”, garante Brentani.
De acordo com o Instituto de Radiologia (InRad) do HC, o câncer ocupa a segunda posição entres as causas de morbidade no Brasil e, no Estado de São Paulo, a situação também é crítica: em mulheres é a segunda maior causa e nos homens o terceiro maior grupo de óbitos.
Verónica Oliveira / USP Online
J.C.
