Saúde lança manual de atendimento a gestante do SUS

Objetivo é orientar os municípios paulistas no atendimento a gestantes e mães de recém-nascidos

ter, 01/06/2010 - 13h00 | Do Portal do Governo

A Secretaria da Saúde lança nesta terça-feira, 1º, o kit de apoio às ações de Atenção a Gestante e a Puérpera no Sistema Único de Saúde de São Paulo. O objetivo é orientar os municípios paulistas no atendimento a gestantes e mães de recém-nascidos, definindo medidas essenciais a serem adotadas na rede pública.

O material, com tiragem inicial de dez mil exemplares, é composto de um manual técnico destinado a médicos e enfermeiros que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde, um manual de orientação ao gestor, o fluxo da linha de cuidados para consulta rápida e dois CD-roms com todo o material disponibilizado. Além disso, os municípios que se interessarem pelo projeto receberão a caderneta da gestante.

A intenção da secretaria é melhorar a qualidade da assistência pré-natal no Estado, reduzindo a mortalidade materno-infantil e oferecendo maior bem-estar e segurança para as mulheres durante a gravidez.

As medidas essenciais propostas aos municípios são, entre outras, a realização de, no mínimo, dois ultra-sons durante a gravidez, duas consultas pós-parto e exames que identificam gestantes com infecção assintomática por estreptococo B, que causa doenças em recém-nascidos. Também são propostos exames mais específicos para diagnosticar diabetes, exames para hepatite B e toxiplasmose e realização de urocultura para identificar infecção urinária mesmo em pacientes sem sintomas, que pode ocasionar parto prematuro.

“Vamos padronizar o mínimo do atendimento que as gestantes devem receber. Para aqueles municípios que já atingiram as medidas essenciais, iremos propor outras ações” afirma a coordenadora da área de Saúde da Mulher da Secretaria da Saúde, Tânia Lago.

Cobertura pré-natal

Levantamento da Secretaria da Saúde com base nos dados da Fundação Seade aponta que 76,1% das grávidas do Estado passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa cobertura, referente a 2008 (último ano disponível) é 41% superior ao registrado no ano 2000, quando 53,8% das gestantes recebiam pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado.

Os números são crescentes ano a ano. Em 2001 a cobertura de pré-natal acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde foi de 58,1% em 2001, 62,8% em 2002, 66,4% em 2003, 71% em 2004, 73,4% em 2005, 73,8% em 2006 e 74,7% em 2007.

“O atendimento médico pré-natal é fundamental para a boa saúde da mãe e de seu bebê. A realização de consultas e exames regulares ajuda no desenvolvimento de uma gestação segura e no combate à mortalidade materno-infantil”, afirma Tânia Lago.

Anualmente cerca de 2,5 milhões de consultas de pré-natal são realizadas nos 645 municípios paulistas.

Da Secretaria da Saúde