Saúde: Hospitais paulistas têm 30 pacientes “esquecidos”

Pacientes estão internados sem companhia e sem documentos de identificação

ter, 02/05/2006 - 13h34 | Do Portal do Governo

Doentes, internados em hospitais e sem a companhia de um familiar ou amigo. Pior: sem ao menos identificação de nome, idade ou procedência. Essa é a situação de 30 pessoas que neste momento estão internadas em hospitais públicos do Estado.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde indica que hoje os hospitais espalhados pelas 645 cidades do Estado têm 30 homens, a maioria com mais de 30 anos, sem identificação. Eles chegaram às unidades sem documentos. Na maioria dos casos, levados por serviços de urgência. As fotos de todos estão disponíveis neste site, no link Localização de Pacientes Não Identificados”, e podem ajudar a encontrar seus familiares.

Na capital, somente o hospital Geriátrico e de Convalescentes Dom Pedro II, gerenciado pela Santa Casa de São Paulo, tem 17 pacientes sem identificação. Na Baixada Santista a Santa Casa de Santos e o Hospital Municipal de Praia Grande também têm pessoas nessa situação. No Alto Tietê o Hospital Auxiliar de Suzano tem quatro pacientes não-identificados.

Por meio de seu site a Secretaria já propiciou que oito pessoas internadas em hospitais fossem encontradas por familiares. Para colocar a foto de pacientes “esquecidos” no site os hospitais, de todo o estado (públicos ou privados, claro, gratuitamente), precisam enviar foto do paciente, além das informações sobre o local, data e condições em que ele foi encontrado. Esses dados devem ser encaminhados pela unidade, via e-mail, após 48 horas da internação da pessoa.

“A identificação dos pacientes é de extrema importância. Além de auxílio no tratamento, que a família pode ajudar, é um gesto de cidadania. Se achássemos apenas uma família a iniciativa já teria valido. Foram seis, um retorno extremamente positivo, mas queremos mais”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

No site da Secretaria a foto mais antiga é de um paciente internado no Hospital Regional Sul, na zona sul da capital. Desde 2 de janeiro há a expectativa de que alguém o reconheça.

“Os profissionais do hospital tentam de todas as formas que alguém o reconheça. É sempre assim quando surge alguém sem nome ou informação. Eles acabam acolhendo a pessoa. Nada supera a alegria da identificação”, diz Dirceu Kanagushi, diretor do Regional Sul.