A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove nesta sexta-feira, 27, um alerta contra o oxi, uma nova droga que está circulando em São Paulo. Das 12h às 17h, em feira de saúde na estação Brás da CPTM, profissionais do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), órgão da pasta, distribuirão cerca de mil panfletos sobre o tema e informarão a população sobre os riscos do entorpecente.
Um primeiro levantamento promovido pelo Cratod com 92 pacientes em tratamento de dependência química na unidade apontou que 12% relataram já ter tido contato com a droga. Mas a maioria dos entrevistados, 65%, nunca ouviu falar da droga, o que pode indicar que já usaram oxi sem saber.
Diretora do Cratod, Marta Jezierski afirma que um dos maiores problemas relacionados ao entorpecente é justamente o fato dele ser relativamente desconhecido. “Após notarem que os usuários encontram-se sob o efeito de drogas, os traficantes começam a vender oxi como se fosse crack, já que ele é mais barato. O que notamos é que a maioria das pessoas não busca o consumo deste entorpecente, mas acaba o fazendo sem saber”.
No levantamento, quando consultados sobre sua opinião a respeito do oxi, nenhum deles manifestou interesse pela droga. Do total de entrevistados, 22% disseram achar que oxi é pior do que crack e outros 22% classificaram a droga como “devastadora”.
Considerado uma variação do crack,o oxi tem efeito ainda mais devastador à saúde. Uma das principais diferenças entre os dois é que, para se obter o crack, durante o preparo são utilizados amoníaco e bicarbonato de sódio. No oxi são usados querosene e cal virgem, substâncias extremamente tóxicas e que podem levar à morte rapidamente, mas que barateiam o custo da droga.
“A conscientização da população sobre este problema é extremamente importante a droga pode acabar com a vida de uma pessoa em um curto período de tempo”, diz a diretora do Cratod.
Da Secretaria da Saúde