A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do Centro de Vigilância Sanitária do Estado (CVS), interditou a empresa Integralmédica S.A. Agricultura e Pesquisa, localizada em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, por fabricar e comercializar suplemento alimentar adulterado com substância não permitida que dopa atletas, servindo como um estimulante físico. O comunicado foi publicado nesta terça-feira, 19, no Diário Oficial do Estado.
Voltado principalmente a atletas e praticantes de atividades físicas em academias, o GF-1 Body Size continha sibutramina em sua composição, conforme laudo emitido pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), a partir de análise de amostras do produto.
A sibutramina, segundo a Agência Mundial Anti Dopping, é estimulante do sistema nervoso central e sua utilização é somente aprovada pela Anvisa em moderadores de apetite, comercializado com prescrição médica e retenção de receita. O uso da substância é proibida para atletas profissionais pela Agência Mundial Anti-doping. Neste ano, jogadores de futebol do Rio Grande do Sul foram suspensos do Campeonato Gaúcho por uso de sibutramina.
Outro produto avaliado pelo INCQS foi o CLA – Ácido Linoléico Conjugado, que não possui registro do Ministério da Saúde e não pode ser comercializado no país, conforme resolução da Anvisa publicada em março deste ano. Durante inspeção realizada em abril, a empresa forneceu documentos informando a comercialização desse produto.
Os produtos vendidos pela Integralmédica podem ser encontrados principalmente em sites e academias de musculação. São suplementos, vitaminas, compostos líquidos e repositores energéticos. Com a interdição, a empresa fica proibida de fabricá-los. Os estabelecimentos que comercializam esses produtos também devem fazer o recolhimento e comunicar as vigilâncias sanitárias locais.
Da Secretaria da Saúde
