Saúde entrevista paulistas que não se vacinaram contra rubéola

Técnicos farão entrevistas na casa das pessoas para levantamento de dados

qua, 05/11/2008 - 11h50 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde decidiu bater de porta em porta para descobrir quem não tomou a vacina contra a rubéola na campanha iniciada em agosto. O trabalho, realizado em parceria com as secretarias municipais, consiste na visita de técnicos às casas para avaliar a cobertura vacinal. Cerca de 200 mil pessoas devem ser entrevistadas até dezembro.

Cada sala de vacinação do Estado irá fazer entre 25 e 100 entrevistas. O número de entrevistas dependerá da população local e do número de salas de vacina. Definido o número de entrevistas, a região atendida pela unidade será mapeada e dividida em quadras. A região alvo da pesquisa será definida por sorteio.

Após este processo, técnicos locais acompanhados por um profissional de vacinação farão a visita casa-a-casa em busca de pessoas com idade entre 20 e 39 anos, público-alvo da Campanha de Vacinação contra a Rubéola.

Os técnicos questionarão se o entrevistado foi imunizado contra a rubéola e, em caso de negativa, o motivo pelo qual ainda não procurou uma unidade básica de saúde. Após responder ao questionário, as pessoas identificadas como ainda não imunizadas serão vacinadas no local. A ação ocorrerá tanto nos municípios que já cumpriram a meta da campanha quanto naqueles onde a vacinação está abaixo do esperado.

“Desta forma será possível identificar se há homogeneidade de vacinação em todas as regiões de uma determinada cidade que já cumpriu a meta e as razões para a baixa adesão em municípios que não conseguem elevar o percentual de cobertura, mesmo já tendo esgotado todas as estratégias”, afirma Helena Sato, coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde.

A doença em São Paulo

Em 2007 foram registrados no Estado de São Paulo 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria. Foi o número mais alto da doença desde 2000, quando 2.566 paulistas contraíram a doença. Em 2006 foram 66 casos.

A incidência maior da doença entre homens é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos masculinos em 2007. Já os homens de 30 a 39 anos de idade responderam por 28,6% das ocorrências. Nas mulheres a incidência é similar dos 20 aos 39 anos, público-alvo da campanha.

Desde 2.000 a vacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre 4 e 6 anos de idade. A Secretaria também indica a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior, mas durante a campanha o foco serão os paulistas entre 20 e 39 anos de idade.

“É importante que todos os paulistas, sejam eles homens ou mulheres, entre 20 e 39 anos, tomem a vacina e se protejam contra a rubéola, auxiliando na eliminação da doença no Estado de São Paulo e no Brasil”, afirma Helena Sato.

Da Secretaria da Saúde