O número de casos de catapora no Estado de São Paulo está em franco declínio. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde. Neste ano, de janeiro a setembro, antes da Primavera, foram confirmados 3.730 casos da doença, 81,3% menos do que no mesmo período de 2005 ( janeiro a setembro), quando houve 19.971 casos.
Também houve redução do número de óbitos por catapora. Neste ano foram oito, contra 21 de janeiro a setembro do ano passado, segundo dados Secretaria.
Apesar da queda, a Secretaria alerta para a importância da prevenção, já que a Primavera, que começou oficialmente no sábado, 23 de setembro, é o período mais propício para a transmissão da doença. Cuidados simples podem evitar que a catapora, uma doença considerada benigna, traga complicações de saúde.
A catapora é uma doença contagiosa, causada pelo vírus varicela-zoster, que atinge principalmente crianças e jovens menores de 15 anos de idade. A principal forma de manifestação da doença é o surgimento de pequenas bolhas pelo corpo, que evoluem para crostas e cicatrizam em aproximadamente cinco dias. O quadro vem acompanhado de febre e indisposição.
Pacientes com desnutrição ou baixa imunidade tendem a apresentar formas mais graves da doença, como pneumonia e complicações hemorrágicas, o que pode, eventualmente, causar óbitos. A orientação da Secretaria de Estado da Saúde é para crianças com suspeita de catapora serem encaminhadas aos postos de saúde e afastadas de creches ou escolas até o sétimo dia após o surgimento das lesões ou até a queda de todas as crostas.
Da mesma forma são fundamentais os cuidados com a higiene, como aparar as unhas da criança e dar banho diariamente. São medidas simples que evitam a infecção das vesículas por bactérias, que podem agravar o quadro.
“De maneira nenhuma a criança com catapora deve tomar ácido acetilsalisílico para tratamento da febre, pois esse remédio pode causar uma doença grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por alterações neurológicas e hepáticas. A febre pode ser tratada com outros antitérmicos, como o paracetamol e a dipirona”, orienta o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria, Carlos Magno Fortaleza.
O Ministério da Saúde não inclui a vacina contra catapora no calendário nacional de imunização da rede pública. Mas o governo do Estado de São Paulo, em uma iniciativa pioneira, instituiu desde 2003 a distribuição de doses da vacina aos municípios paulistas para imunização de crianças menores de seis anos em escolas e creches, a partir da notificação de surtos, envolvendo dois ou mais casos da doença em um mesmo ambiente. Somente no ano passado foram adquiridas cerca de 70 mil doses da vacina pelo Estado.
Secretaria da Saúde
