Saúde alerta para sinais que podem indicar refluxo gástrico em bebês

Manter a criança em posição vertical por trinta minutos após a mamada ajuda aliviar o quadro de regurgitação

ter, 14/09/2010 - 10h00 | Do Portal do Governo

Náuseas, vômitos, má aceitação alimentar, choro excessivo e pouco ganho de peso durante o primeiro ano de vida de bebês podem ser sinais da doença do refluxo gastroesofágico, quadro de regurgitação provocado a partir do retorno normal do suco gástrico para o esôfago.

Segundo Maria Teresa Torgi, diretora clínica e chefe da Pediatria do Hospital Estadual do Mandaqui, da Secretaria da Saúde, sintomas respiratórios como chiado no peito, tosse crônica (especialmente noturna), rouquidão, asma brônquica de complicado controle, broncopneumonia e até crises repetidas de laringite são sinais da doença. “Manter o bebê em posição vertical após as mamadas por trinta minutos e determinar um espaço de tempo menor entre as refeições auxiliam no alívio das regurgitações”, recomenda a médica.

De acordo com a especialista, a doença do refluxo gástrico geralmente persiste até o segundo ano de idade, mas há casos que ela se mantém de forma crônica por toda a infância e adolescência.

Além da avaliação dos sinais e dos sintomas clínicos, o diagnóstico da doença pode ser realizado por meio de radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno, de cintilografia gastroesofágica com ou sem pesquisa de aspiração pulmonar, de vídeo deglutograma ou de pH metria esofágica.

Novos exames

A partir de outubro, o Hospital Estadual do Mandaqui oferecerá os exames de videodeglutograma e de radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno, utilizados para checar a existência da doença do refluxo gástrico. O agendamento será feito por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além desses procedimentos, o diagnóstico também pode ser feito pela avaliação dos sinais e dos sintomas clínicos.

“Para quadros de difícil tratamento se recomenda o uso de medicamentos, a exemplo de antiácidos e de procinéticos. Já o tratamento cirúrgico só deve ser considerado para os quadros mais graves que não respondem ao tratamento clínico”, finaliza Maria Teresa.

Da Secretaria da Saúde